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Capitães de areia: até quando?
Com publicação datada de 1937, a obra Capitães de areia, de Jorge Amado, repercutiu de forma polêmica a ponto de ser censurada pelo Estado Novo varguista, sob a acusação de propaganda comunista. Embora o comunismo fosse citado, de forma lateral ao longo do texto, o enredo consiste numa crítica social relacionada a um problema latente de sua época: transgressões perpetradas por crianças de rua. [...]
Passados quase 80 anos, as causas profundas elencadas pelo autor para descrever tal realidade não nos soam remotas. Pelo contrário, dispomos de uma tenebrosa familiaridade com elas. Embora essa não seja a mensagem principal do livro, é inegável que a exclusão social se converte em violência, e esta se torna potencialmente capaz de atingir não só o excluído, mas os outros indivíduos que cruzam seu caminho, visto que a reação do oprimido pode vir na forma de opressão.
(Leandro Galvão. Capitães de areia: até quando? Le Monde Diplomatique Brasil, ano 8, n.91. fev. 2015, p. 16.
O foco da análise pretendida para o Texto 3 tem como suporte fatos da história literária brasileira.