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Ginkgo biloba:  o chá das folhas é seguro?

 

O Ginkgo biloba  é a única espécie ainda existente da família Ginkgoaceae, e por isso tem sido chamada de fóssil vivo. Há estruturas fossilizadas de ancestrais do gênero Ginkgo, semelhantes à espécie atual, com até 170 milhões de anos. Por apresentar propriedades terapêuticas, é uma das plantas mais empregadas em remédios caseiros ou em fitoterápicos em todo o mundo. Seu uso medicinal é milenar: registros chineses revelam que desde 2800 a.C. a planta era usada na medicina tradicional do país, em especial para o tratamento de doenças respiratórias. Atualmente, suas folhas secas têm sido comercializadas indiscriminadamente e, indicadas para o tratamento de distúrbios de memória, são utilizadas por muitas pessoas por meio da automedicação, o que traz muitos riscos.

 

Os únicos extratos de G. biloba  recomendados para uso terapêutico, segundo o Instituto de Drogas e Produtos Medicinais alemão, são aqueles obtidos a partir de uma mistura de água e acetona e, na sequência, purificados sem a adição de outras substâncias. Essas técnicas, desenvolvidas por grandes empresas, são patenteadas e não divulgadas. Os produtos à base de G. biloba  com o devido registro nos órgãos responsáveis e comercializados nas farmácias brasileiras são fabricados com extratos padronizados geralmente adquiridos no exterior. As indústrias nacionais apenas os transformam em comprimidos, cápsulas e outras formas farmacêuticas.

 

O extrato quimicamente complexo resultante do uso da mistura de água e acetona é composto por mais de 40 substâncias, apresenta concentrações mínimas garantidas e controladas dos compostos terapeuticamente ativos e elimina componentes indesejáveis que oferecem risco toxicológico. Estudos com culturas de células e em animais de laboratório demonstraram que o extrato padronizado de G. biloba  assim obtido provoca dilatação de artérias e veias, facilitando a circulação sanguínea, aumentando a distribuição de sangue para os tecidos periféricos e o cérebro.

 

Além disso, alguns compostos neles presentes, chamados de ginkgolídeos, principalmente o ginkgolídeo B, inibem o fator de agregação plaquetária (PAF, na sigla em inglês), substância que promove a aglomeração de plaquetas no sangue (desencadeando a coagulação), e atuam, também, em processos alérgicos inflamatórios. Pacientes que recebem qualquer tipo de medicação devem, portanto, estar atentos ao uso simultâneo com extratos de G. biloba, pois já foram constatadas interações com anticoagulantes e antiplaquetários. Recomenda-se a utilização desses extratos com cautela e com monitoração por um médico, já que os ginkgolídeos, por inibirem o PAF, podem provocar sangramentos, potencializar efeitos tóxicos no fígado e no aparelho auditivo e, ainda, alterar a concentração no plasma de alguns medicamentos ou interferir em seus efeitos.

 

Internet: <cienciahoje.uol.com.br> (com adaptações).

 

Considerando o texto, julgue o item a seguir, relativo a aspectos de correção gramatical.

 

Em “O Ginkgo biloba  é a única espécie ainda existente da família Ginkgoaceae, e por isso tem sido chamada de fóssil vivo”, há incorreção gramatical devido à falta de concordância entre “O Ginkgo biloba ” e “tem sido chamada”.



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