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Miguilim espremia os olhos> Drelina e a Chica riam. Tomezinho tinha ido se esconder.
- Este nosso rapazinho tem a vista curta. Espera aí, Miguilim ...
E o senhor tirava os óculos e punha-os em Miguilim, com todo o jeito.
- Olha, agora!
Miguilim olhou. Nem não podia acreditar! Tudo era uma claridade, tudo novo e lindo e diferente, as coisas, as árvores, as caras das pessoas. Via os grãozinhos de areia, a pele da terra, as pedrinhas menores, as formiguinhas passeando no chão de uma distância. E tonteava. Aqui, ali, meu Deus, tanta coisa, tudo ... O senhor tinha retirado dele os óculos, e Miguilim ainda apontava, falava, contava tudo como era, como tinha visto. Mãe esteve assim assustada; mas o senhor dizia que aquilo era do modo mesmo, só que Miguilim também carecia de usar óculos, dali por diante. (João Guimarães Rosa. Manuelzão e Miguilim.)
Considere as seguintes afirmações sobre o trecho acima:
I. Na narrativa, transparece o universo infantil, captado pela ótica da criança.
II. Há o uso de recursos linguísticos, como ritmo, rima e figuras de linguagem, que desfazem as fronteiras entre prosa e poesia.
III. A narrativa reporta ao mundo rústico do sertão pela ótica de um narrador externo à comunidade.
Está(ão) condizente(s) com o trecho: