Enunciados de questões e informações de concursos

A questão refere-se ao seguinte texto:

 

Em visita ao Rio para participar do 6º Congresso da Associação Internacional de Lusitanistas, como representante do governo português, o maior escritor da atualidade, Nobel da Literatura de 1998, é um homem cansado. Mas de um cansaço peculiar: "cansaço metafísico", diria um heterônimo de Fernando Pessoa, uma de suas afinidades eletivas. Entrevistá-lo é se equilibrar com dificuldade no dorso de um tigre. Respostas encrespadas, consultas intermináveis ao relógio, muxoxos impacientes.

 

Visível e justificável é esse enfado. Ser "que já traduziu o divino para o homem das ruas", como dele já se falou, Saramago se impacienta com jornalistas que tomam por profano quem é um monstro sagrado, título que, em sua modéstia, prontamente recusaria. O fato é que visibilidade cintilante do Nobel o tornou presa fácil das canetas afoitas dos especialistas em generalidades. Como aquele que, em Frankfurt, lhe disparou a segunda pergunta da rodada interminável de indagações, no anúncio de sua escolha para o Prêmio "O que o sr. vai fazer com o dinheiro?". O escritor português está saturado do jornalismo de mercado, da rapinagem midiática e da degradação intelectual da imprensa.

 

(Cláudio Cordovil. "Já é hora de inventar outro mito", diz Saramago, O Estado de S. Paulo, Caderno Cultura, 15/8/1999.)

 

 

No texto, há a seguinte afirmação:

 

"Saramago se impacienta com jornalistas que tomam por profano quem é um monstro sagrado, título que, em sua modéstia, prontamente recusaria."

 

A idéia de "um monstro sagrado", atribuída a Saramago, é reforçada:

 

I. quando se diz que ele é um homem cansado, de um "cansaço metafísico".

 

II. quando se diz que ele é um "ser que já traduziu o divino para o homem das ruas".

 

III. quando se diz que ele é maior escritor da atualidade.

 

Está(ão) correta(s):



spinner
Ocorreu um erro na requisição, tente executar a operação novamente.