Enunciados de questões e informações de concursos
Tecnologia do agora
Estou ficando cansado
Da tal tecnologia
Só se fala por e-mail
Mensagem curta e fria
Twitter e Facebook
Antes que eu caduque
Vou dizer tudo em poesia.
Não é mais como era antes
É tudo abreviado
Você” só tem duas letras
O “O” e o “E” foi riscado
Para declarar o amor
Basta botar uma flor
E um coração desenhado.
Arroba agora não pesa
É parte de um endereço
Ponto final nem se usa
Ou vai até no começo
Agora é .com
Se o saite é muito bom
Ele vale um alto preço.
[...]
Tenho saudade das cartas
Escritas com a própria mão
Mandava no mês de Junho
Só chegava no Verão
Mas matava a saudade
Era texto de verdade
Nas linhas do coração.
Agora, escrevo e envio
Chegando na mesma hora
Mas quando vou prosear
A pessoa foi embora
Abriu outro aplicativo
O mundo ficou cativo
Da tecnologia do agora.
Felizmente, pra orar
Não precisa de internet
Deus escuta todo mundo
Se quiser, faça esse teste
Dois-pontos são dois joelhos
Seus lábios são aparelhos
Deixe que Deus interprete.
DUARTE, Milton. Tecnologia do agora. Cordel moderno. Disponível em: <http://www.recantodasletras.com.br/poesias/3186743>. Acesso em: 3 mar 2016.
“ Agora, escrevo e envio
Chegando na mesma hora
Mas quando vou prosear
A pessoa foi embora
Abriu outro aplicativo
O mundo ficou cativo
Da tecnologia do agora”
Analisando-se os aspectos da língua nos versos destacados do poema, pode-se afirmar: