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As últimas três décadas têm testemunhado um fenômeno que poderia ser chamado de feminização do mercado de trabalho. Dois fatores fundamentais contribuíram para a entrada em massa da mulher no mercado de trabalho, nomeadamente a queda nas taxas de fecundidade e o aumento das taxas de escolaridade femininas.


Desde então, começaram a chamar a atenção dos pesquisadores as diferenças salariais, por gênero, para empregos e ocupações, se não idênticas, pelo menos muito similares. Este era um fenômeno totalmente anômalo, não previsto pela teoria econômica tradicional.


Segundo os cânones neoclássicos, por exemplo, em termos abstratos, se porventura existissem diferenças salariais entre trabalhadores igualmente produtivos, fossem eles homens ou mulheres, esperava‑se que, com o tempo, elas desaparecessem. Isto porque, sendo os empregadores agentes racionais, decerto prefeririam contratar os trabalhadores mais baratos (que, no caso, seriam as mulheres), o que faria com que a demanda por trabalho feminino aumentasse.


Como consequência deste aumento de demanda, o seu nível salarial acabaria por elevar‑se até o nível dos salários dos homens. Sendo assim, segundo a perspectiva da teoria neoclássica, o que explicaria as diferenças salariais, caso elas existissem, seriam as imperfeições ou as chamadas “falhas de mercado”, como, por exemplo, a existência de monopólios e de grupos de pressão, como os sindicatos (dominados por homens), que impediriam as mulheres de aceder aos empregos mais bem pagos.

 

Rev. Cadernos de Campo | Araraquara | n.º 26 | p. 79‑103 | jan./jun. 2019 | E‑ISSN 2359‑2419 (com adaptações).

 

Com base nas ideias, no vocabulário e nas estruturas linguísticas do texto, julgue o item.

 

A palavra “então" remete ao momento em que teve início “a queda nas taxas de fecundidade e o aumento das taxas de escolaridade femininas”



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