Nos últimos anos, a agenda pública posta no campo das políticas sociais tem sido regida por um novo paradigma que indica a seguinte análise:
a intervenção estatal apontou retrocesso, diminuindo os campos de ação da vida social, pois houve um reconhecimento a partir da Constituição de 1988 de que a responsabilidade e a primazia do Estado na condução das políticas sociais restringiam-se ao campo das chamadas ações estratégicas de Estado.
a intervenção estatal passou a fazer referência a um terreno mais vasto da vida social, tanto com objetivos de equalizar o acesso a oportunidades, como de enfrentar condições de destituição de direitos, riscos sociais e pobreza.
entre os avanços da Constituição de 1988 está a valorização da sociedade civil na execução das políticas sociais, com a supremacia da filantropia como forma de ampliação de direitos.
o reconhecimento de que a seguridade social teve um retrocesso em função do aumento da dívida da previdência social e da privatização da saúde.