#2514251 SUCONS UEMA - 2023 - Vestibular (UEMA)/PSS UEMA 60+

Esperava-se que a humanidade, ao adentrar no século XXI, conseguisse superar de vez algumas mazelas da humanidade. A Guerra seria uma dessas marcas tristes ainda presente nas relações internacionais da humanidade. A Guerra da Ucrânia e a Rússia já atravessou o seu primeiro ano, confirmando de que a guerra sempre anda ainda de mãos dadas com a humanidade. No entanto, pode-se perceber que na verdade a guerra, enquanto conflito de países e seus interesses, acaba sempre por nos colocar numa margem também de uma guerra invisível: a guerra tecnológica, a guerra financeira, a guerra política, que acabam se caracterizando de modo mais silencioso que outras guerras mais barulhentas. A guerra entre países é o extremo dos interesses, como o da Rússia ao buscar tomar posse de territórios ucranianos.

WEFFORT, Francisco. Os Clássicos da Política. Vol. 1. São Paulo: Ática, 2008.

Considerando o contexto acima, a opção que apresenta estreita relação entre o Filósofo e o conceito de guerra é a seguinte:

Maquiavel define a guerra enquanto o elemento secundário da política, não pode abarcar as instituições e suas forças, de modo que não deve ser uma dimensão do uso da força ainda que seja para a tomada de poder pelas armas.
Hegel concorda com Kant, a paz perpétua é uma necessidade que deve ser garantida pelo tribunal da razão que deve ser a liga internacional que apazigue os interesses de todas as nações do mundo.
Hobbes defende que o homem por si mesmo tem um Estado de natureza que é violenta, como um estado de guerra. De modo que o soberano deve surgir sem contrato e impor a sua vontade para superar a ignorância que leva o homem à guerra.
Kant tem por proposta a superação da guerra por meio de uma liga das nações que teria por principal objetivo a garantia da paz perpétua, na crença de que o homem racional condena a guerra, lutando para a construção de um estado de paz enquanto um dever imediato.
Rousseau define a guerra como fruto da exterioridade da associação, ou seja, sempre é uma provocação de um outro, como mostrado pelas comunidades primitivas. A sociabilidade elimina a possibilidade de guerra, impedindo seu prolongamento.