Enunciados de questões e informações de concursos
Conforme MAESTRI, " O suicídio, o justiçamento, a fuga, os quilombos e as rebeliões foram outras importantes formas de resistência do trabalhador escravizado, que fizeram parte do dia a dia do escravismo e preocuparam os escravizadores sulinos”. Segundo o autor, sobre a escravidão no Sul do Brasil, analisar os itens abaixo:
I. Um cativo podia se suicidar por temer ser vendido, castigado, separado de amigos. Ele se matava após atentar contra o escravista ou o capataz, por medo do castigo brutal, ou em razão da negativa do proprietário de alforriá-lo, mesmo sob pagamento. Mesmo quando fracassava, o suicídio prejudicava o escravista, pois o autocida perdia valor de venda. Um cativo suicida, desesperado pelo excesso de trabalho, podia ser imitado pelos companheiros.
II. Durante toda a vigência da escravidão colonial, a coerção física não foi a principal responsável pela continuidade da ordem social e da produção de bens pelo trabalhador escravizado. Havia sim, uma grande preocupação com o bem-estar dos cativos, pois estes, antes de tudo, eram parte das posses de seus senhores.
III. Nenhuma ação escravista se sobrepôs efetivamente ao profundo desamor do cativo às tarefas produtivas feitorizadas – desatenção, desinteresse, “corpo mole”, sabotagem do trabalho, etc. Tal realidade deu origem à visão das classes proprietárias do “negro preguiçoso e irresponsável”.
IV. Ao proprietário negreiro era interessante “consumir” o mais rapidamente possível um trabalhador escravizado na produção e substituí-lo por um cativo novo, jovem, saudável e mais maleável. Comumente, o cativo despertava cedo, trabalhava todo o dia e, durante parte da noite, cumpria o serão.
Estão CORRETOS: