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Quando se educa alguém ou se é educado por alguém, é preciso cautela para não nos contentarmos com as aparências, isto é, com a superficialidade. Vivemos hoje em um mundo marcado pela velocidade em várias situações e, em outras, por uma mera pressa. Uma vida apressada nos leva, em vários momentos, a ter formações apressadas, reflexões apressadas, ideias apressadas, e isso carrega um nível de superficialidade muito grande.


Há várias pessoas que se contentam com as aparências: aparência em relação à própria imagem e aparência com relação àquilo que ostentam — a ostentação da propriedade, a “consumolatria”, o desespero para ser proprietário de coisas, de exibi-las, de viver algo que se aparenta, mas que, de fato, não se é.


O pensador do século V, Agostinho — muitos o chamam de Santo Agostinho, um dos maiores filósofos e teólogos da história —, proferiu a seguinte frase: “Não sacia a fome quem lambe pão pintado”. Para se matar a fome, não basta lamber a figura de um pão, é preciso ir até ele.


E quantos hoje não se contentam com um mundo superficial, em que se procura saciedade a partir daquilo que é mera imagem, mera representação, apenas uma simulação do que seria a realidade?


A educação tem que nos tirar dessa superficialidade.


Mario Sergio Cortella. Pensar bem nos faz bem! 5.ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2015, p. 20 (com adaptações).


A respeito das ideias, dos sentidos e das propriedades linguísticas do texto precedente, julgue o item que se segue.

 

A palavra ‘consumolatria’ refere-se à idolatria ao consumo, conforme os sentidos do texto.



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