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A questão baseia no texto apresentado abaixo.

 

Escravos sem correntes: trabalhadores resgatados relatam ameaças, moradias insalubres e água dividida com animais 

 

G1 analisou 33.475 páginas de 315 relatórios de fiscalização dos anos de 2016 e 2017. Depoimentos mostram condições degradantes às quais estão sujeitos trabalhadores libertados pelos auditores fiscais no País. 

 

Dívidas impagáveis, ameaças veladas, água dividida com animais, jornadas extenuantes sem descanso, moradias insalubres, falta de equipamentos de proteção e de kits de primeiros socorros. Os relatos de trabalhadores resgatados no País reúnem vários elementos que mostram como se configura o trabalho análogo ao de escravos nos dias de hoje. 

   Um levantamento exclusivo feito pelo G1 analisou 315 relatórios de fiscalização obtidos via Lei de Acesso à Informação. Foram analisadas 33.475 páginas que contêm a descrição do local e da situação verificada in loco pelos grupos de fiscalização, bem como as infrações aplicadas, fotos, depoimentos dos trabalhadores e documentos diversos, como recibos e guias trabalhistas. 

   Das 315 fiscalizações analisadas (de janeiro de 2016 a agosto de 2017), 117 acabaram com ao menos um trabalhador resgatado. 

 

Fazenda em Itupiranga (PA) – trabalhador de 36 anos de idade – resgatado em novembro de 2016 

 “Eu fiquei sabendo que precisavam de trabalhadores na fazenda e fui para lá com meu irmão. Fomos de carona. Chegamos à fazenda e procuramos o gerente. Fomos contratados para fazer todo tipo de serviço, como roçar pasto, arrumar cerca, aplicar veneno. O gerente disse que pagaria R$ 800 por mês livre, mas desconta do salário as coisas que eu peço para trazer, como sabão, pasta de dente, fumo, isqueiro, botina. Nunca vi a nota fiscal desses produtos. Acho caro o valor dos produtos que são descontados. É o gerente quem paga o salário. Eu recebo todo dia 2 do mês, em dinheiro. Assino um recibo de salário, mas não fico com nenhuma via.” 

Disponível em: <https://g1.globo.com/economia/noticia/escravos-semcorrentes-trabalhadores-resgatados-relatam-ameacas-moradias-insalubrese-agua-dividida-com-animais.ghtml>. Acesso em: 9 jan. 2018 (fragmento), com adaptações.

 

O uso dos sinais diacríticos de pontuação tem relações sintático-semânticas na construção de um texto, além de, em alguns casos, acrescentar elementos típicos da fala à escrita. Com relação ao uso dos sinais de pontuação encontrados no texto, assinale a alternativa correta. 



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