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A questão baseia no texto apresentado abaixo.
Os recursos tecnológicos que tornam os carros cada vez mais seguros costumam ser implantados primeiro nos modelos de luxo e nos superesportivos − cujos proprietários podem pagar pela novidade. Depois, à medida que a tecnologia é aprimorada e se torna mais barata, as fábricas passam a incorporá-la nos veículos vendidos em larga escala. Foi assim com o sistema de freios ABS, que impede o travamento das rodas em freadas bruscas. Lançado em 1978, esse tipo de freio só apareceu em carros comuns dez anos mais tarde.
Uma série de modelos de porte médio lançados recentemente nos Estados Unidos, na Europa e no Japão mostra que esse ciclo de transferência tecnológica está ficando cada vez mais curto. Os modelos incorporam equipamentos de segurança antes reservados aos carros mais caros. Eles tornam o veículo mais “inteligente”, auxiliando o motorista nas manobras e corrigindo falhas humanas que possam resultar em acidentes.
Entre esses novos equipamentos, o que vem se popularizando mais rapidamente é o controle eletrônico de estabilidade. Consiste num sistema que aciona cada um dos freios de forma independente e distribui a força da frenagem entre as quatro rodas, evitando que o veículo derrape. A queda nos preços desses equipamentos tem sido tão acentuada que eles se tornaram meio fácil e rápido de sedução dos consumidores. Segundo um analista do mercado, sai bem mais barato utilizá-los do que projetar um automóvel novo ou um novo tipo de motor.
Equipamentos como o controle eletrônico de estabilidade são chamados de itens de segurança ativa. Ao contrário das barras de proteção lateral e dos airbags que protegem os ocupantes do veículo quando o desastre já é fato consumado, eles previnem os acidentes interferindo em situações de colisão iminente e de perda do controle da direção. Essa “inteligência” é possível graças a sistemas computadorizados que cruzam informações, como a velocidade do carro, as condições da pista e a aderência dos pneus. Em situações que ofereçam riscos à segurança, eles tomam decisões em frações de segundos, sem a necessidade da ação do motorista. Parece ser uma tendência irreversível que os veículos possam agir mais rápido do que o ser humano.
(Adaptado de Rafael Corrêa, Veja, 3 de maio de 2006, p.120-121)
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