Nossa liberdade e nossas escolhas
Fazer escolhas não é um processo fácil. Implica avaliar as opções que a realidade oferece e renunciar a algo, acreditando que aquilo que se escolhe seja a melhor opção. Portanto, escolhas excluem.
Porém, fazer escolhas é não somente necessário, mas inevitável. Ao acordar, você escolhe levantar-se ou permanecer um pouco mais de tempo deitado. Escolhe chegar ao seu compromisso no horário marcado ou atrasar-se. Escolhe a roupa a ser usada, o modo de pentear o cabelo (ou não pentear), se irá tomar café da manhã ou permanecerá em . Escolhas são atitudes, ações no mundo.
Ainda assim, acontecem sempre dentro de um campo de possibilidades, ou seja, dentro de um cenário em que estão disponíveis algumas opções – e não outras. Desse modo, escolhas não são sinônimos de “vontade”. Não é possível, por exemplo, escolher ter outro corpo que não esse com o qual nascemos, ou ter nascido em outra família. Também não é possível escolher fazer o tempo voltar ou fazê-lo passar mais .
Há um modo concreto da realidade acontecer. E ela se impõe a nós e exige que façamos escolhas a partir de um determinado contexto. Ainda assim, nada retira de nós a condição necessária de fazer escolhas.
Assim é quando adoecemos: não escolhemos . Esse é um fato que acontece apesar de muitas vezes realizarmos esforços em nos manter saudáveis. Embora agora, diante da doença, meu campo de possíveis escolhas seja modificado, haverá muitas escolhas a serem realizadas: como vou me colocar diante desse evento, quais tratamentos irei ou não realizar, o que se tornará prioridade nos meus dias diante das opções que tenho.
Por isso, fazer escolhas pode não ser fácil. Mas está acontecendo o tempo todo. Por essa razão, busque ter claras as razões que fazem você escolher uma opção ou outra. Avalie seu campo de possibilidades, busque olhar para o futuro e pensar para onde suas escolhas estão levando você.
Já que escolher é inevitável, que façamos nosso melhor. Além disso, que façamos com clareza. Porque isso nos possibilita que, ao olhar para trás, possamos retomar o processo que nos levou a realizar aquela escolha.
(Fonte: Consciência Psicologia - adaptado.)