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A indústria global está em meio a um processo de profundas mudanças, que deve culminar em novos processos de produção, novos modelos de negócios e de relacionamento entre empresas e consumidores. A digitalização da indústria representa uma confluência de tecnologias que se baseia na comunicação entre redes, Internet, big data, e na integração entre sistemas de simulação virtual e real. Com isso, a indústria digitalizada utiliza recursos virtuais desde o design até a engenharia, eliminando, assim, a necessidade de diferentes protótipos e acelerando o desenvolvimento do produto. Além da redução do tempo de desenvolvimento, a aplicação do conceito também permite a fabricação de produtos personalizados: com o uso de sensores e chips RFID (identificação via radiofrequência), as máquinas da linha de produção podem ler as especificações de um produto e conversar entre si. Com isso, a nova indústria opera conectada a uma rede dinâmica de produção, interligada por sistemas inteligentes que integram e complementam as atividades. O novo modelo também tem a vantagem de atender a ciclos de inovação mais curtos e de aumentar a produtividade, respondendo às exigências de mais eficiência no uso de energia e recursos.


Essa nova era na indústria vem sendo estimulada por três fatores: a necessidade de os países desenvolvidos retomarem suas unidades de produção, hoje concentradas em países como a China; a escassez de recursos; e a mudança no comportamento do consumidor, hoje mais exigente e envolvido com o processo de desenvolvimento dos produtos. Esse novo modelo vai exigir que as indústrias reduzam significativamente seus custos. “Teremos que ter mais tempo de máquinas funcionando, produtos com menos volume de perdas e defeitos e maior eficiência energética”, diz o vice-presidente de Digital Factory da Siemens, lembrando que a digitalização é uma resposta a tudo isso.


Há de se considerar ainda um outro fator: a farta disponibilidade de informações. Mesmo hoje, já é possível armazenar uma infinidade de dados relativos a fornecedores, produtos, produção e consumo. A implementação de modelos profundos de análise é uma exigência do mercado e uma questão de sobrevivência.


Esse novo conceito de indústria traz uma série de mudanças e uma delas é a otimização dos processos de forma colaborativa. Outra é o crescimento do fluxo de dados para dentro das indústrias, que com isso poderão aprender cada vez mais sobre seus clientes. Essas mesmas informações permitirão também a geração de novos modelos de negócios, a oportunidade de integrar processos e torná-los mais inteligentes, o que também proporciona novas oportunidades.


Segundo o executivo, essas mudanças estão invertendo a lógica do mercado: o consumidor passa a buscar a indústria, que deve estar pronta para isso. É o que já se vê em países como Estados Unidos, China e Alemanha, onde o conceito vem ganhando força com o respaldo de novas políticas industriais. “Esses países estão todos trabalhando, analisando os impactos em suas economias e preparando políticas para isso”, afirma.


Como se trata ainda do início do processo de transformação, existe uma oportunidade enorme para que a indústria brasileira volte a participar da cadeia global e a digitalização parece indicar essa possibilidade.


Internet: <www.patrocinados.estadao.br> (com adaptações).

 

Em relação à ortografia oficial, à correção gramatical e à preservação dos sentidos do texto, julgue o item a seguir, que consistem em propostas de substituição para vocábulos e trechos destacados do texto.

 

“culminar” por coligir



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