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Os primeiros esforços dirigidos contra a doença animal foram descritos nas antigas civilizações da Suméria, do Egito e da Grécia, com referências a curandeiros de animais antes da era cristã. Esse tipo de ocupação acompanhou o surgimento da civilização urbana, e seu desenvolvimento dependeu da habilidade das populações rurais de produzir alimentos em quantidade suficiente para a sua subsistência, fazendo uso da força animal. Ao lado do tratamento médico, cirúrgico e obstétrico individual, duas outras táticas eram aplicadas localmente para o controle das enfermidades animais: o emprego da quarentena (segregação dos animais doentes dos sadios) e o sacrifício de animais enfermos.

 

A expansão (territorial e econômica) das nações levou aos esforços no controle de doenças animais em larga escala. Houve a criação de estruturas organizadas de pessoas que curavam os animais dentro dos exércitos, pela importância militar que o cavalo assumia. Durante esse período, que se iniciou no primeiro século da era cristã e que abrangeu a Idade Média e o Renascimento, os avanços no controle de doenças limitaram-se ao aperfeiçoamento das técnicas básicas do diagnóstico clínico — com o desenvolvimento da habilidade de diferenciar as combinações dos sinais de doenças específicas —, associado à melhoria na organização da infraestrutura dos serviços.

 

Com a criação da primeira escola de veterinária, na segunda metade do século XVIII, precipitada por problemas econômicos ocasionados pelo irrompimento de enfermidades que atingiram grande número de animais na Europa, houve o estabelecimento de centros organizados de tratamento veterinário, primeiramente como parte das escolas de veterinária e, mais tarde, como serviços separados. Duas novas táticas para o controle de enfermidades animais foram adotadas: a higiene e o controle sobre o abate de animais. O controle sanitário incluía os locais de produção de animais e os matadouros, com o objetivo de combater as doenças animais e, também, as enfermidades humanas que estavam associadas a alimentos de origem animal. Essas ações forneceram, diretamente, a base para os primeiros esforços direcionados à saúde pública.

 

Márcia Regina Pfuetzenreiter, Arden Zylbersztajn e Fernando Dias deAvila-Pires.
Evolução
histórica da medicina veterinária preventiva e saúde pública. In: Ciência Rural,
v. 34, n.o 5, 2004, p. 1.661-1.668 (com adaptações).

 

No que concerne aos aspectos linguísticos do texto, julgue o item.

 

Mantém a correção gramatical e os sentidos do texto a seguinte reescritura da sentença “os avanços no controle de doenças limitaram-se ao aperfeiçoamento das técnicas básicas do diagnóstico clínico”: os progressos na mitigação de moléstias eram limitados pelo aprimoramento dos métodos básicos do diagnóstico clínico.



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