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Leishmanioses representam um conjunto de enfermidades diferentes entre si, que podem comprometer pele, mucosas e vísceras, dependendo da espécie do parasito e da resposta imune do hospedeiro. São produzidas por diferentes espécies do protozoário pertencente ao gênero Leishmania, parasitas com ciclo de vida heteroxênico, vivendo alternadamente em hospedeiros vertebrados (mamíferos) e insetos vetores (flebotomíneos). Com relação à leishmaniose, analisar os itens abaixo:
I. Nos hospedeiros mamíferos, os parasitas assumem a forma amastigota (aflageladas), arredondada e imóvel (3-6μm), que se multiplicam obrigatoriamente dentro de células do sistema monocítico fagocitário (especialmente macrófagos). À medida que as formas amastigotas vão se multiplicando, os macrófagos se rompem liberando parasitas que são fagocitados por outros macrófagos.
II. São requisitos para uma espécie de flebotomínio ser vetora: deve ser antropofílica e zoofílica, deve estar parasitado (e também com a mesma espécie de parasito que a do homem), deve ter distribuição geográfica igual ao do parasito, deve transmitir o protozoário pela picada e deve ser abundante na natureza.
III. Os testes sorológicos de imunofluorescência direta (IFD) e imunoenzimático (ELISA) são utilizados para detectar antígenos anti-Leishmania. As reações sorológicas podem ser utilizadas como critério isolado para diagnóstico de leishmaniose. Entretanto, podem ser consideradas como critério adicional no diagnóstico diferencial com outras doenças, especialmente nos casos sem demonstração de qualquer agente etiológico.
IV. Os cães com leishmaniose visceral comumente possuem um ou mais sinais, sendo eles: na fase inicial da doença, há lesões cutâneas (alopecia, despigmentação de pelos, descamação e eczema, em particular no espelho nasal e nas orelhas) e pequenas úlceras rasas localizadas mais frequentemente ao nível das orelhas, focinho, cauda e articulações. Nas fases mais adiantadas, observa-se, com grande frequência, onicogrifose, esplenomegalia, linfoadenopatia, alopecia, dermatites, úlceras de pele, distúrbios oculares (conjuntivites, ceratites, ceratoconjuntivite, blefarites e/ou uveítes), coriza, apatia, diarreia, hemorragia intestinal, edema de patas e vômito, além da hiperqueratose. Na fase final da infecção, ocorrem, em geral, a paresia das patas posteriores, caquexia, inanição e morte. Entretanto, cães infectados podem permanecer sem sinais clínicos por um longo período de tempo.
Estão CORRETOS: