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Até o final do século XVIII, não era possível falar em conhecimento geográfico como algo padronizado, com um mínimo de unidade temática e de continuidade nas formulações. Designa-se como geografia: relatos de viagens, escritos em tom literário; compêndios de curiosidades, sobre lugares exóticos; áridos relatórios estatísticos de órgãos de administração; obras sintéticas, agrupando os conhecimentos existentes a respeito dos fenômenos naturais; catálogos sistemáticos, sobre os continentes e os países do globo etc.
Leia as proposições abaixo sobre o pensamento geográfico e sua história.
I. A Geografia como ciência, como área do conhecimento, que passou a ser pesquisada e ensinada como disciplina acadêmica nas universidades, foi introduzida na Alemanha por Humboldt e Hitter a partir da década de 1940.
II. No final do século XIX, o possibilismo geográfico de Ratzel, em oposição ao determinismo, defendia que as características dos povos se devem à influência do meio natural. Hipóteses populares, como “o calor torna os habitantes dos trópicos preguiçosos” e “mudanças frequentes na pressão barométrica tornam os habitantes das latitudes médias mais inteligentes” eram assim defendidas e fundamentadas.
III. Por volta de 1970, surgiu a Geografia Crítica, que estabelece o rompimento da neutralidade no estudo da geografia com a proposta de engajamento e criticidade com toda a conjuntura social, econômica e política do mundo. No Brasil, o grande nome da Geografia Crítica foi Milton Santos, que publicou os primeiros trabalhos da nova escola no país.
IV. O uso de técnicas matemáticas e estatísticas para analisar os dados coletados e as distribuições espaciais dos fenômenos foi uma das primeiras características que se salientou na Nova Geografia, recebendo a denominação de “Geografia Quantitativa”.
É correto o que se afirma em