Segundo ABDREASEN & ANDREASEN, em relação às características e aos diagnósticos da avulsão dentária, é INCORRETO afirmar que
o prognóstico do dente reimplantado depende, principalmente, do período e do meio de armazenamento exta-alveolar. A sobrevivência pulpar é quase nula nos dentes com rizogênese completa e pouco frequente nos dentes com rizogênese incompleta. A cicatrização do ligamento periodontal é pouco frequente e depende dos fatores anteriormente mencionados.
no caso de períodos extra-alveolares prolongados em adultos, é possível um procedimento de reimplante alternativo, por meio do qual o reimplante torna-se um “implante”, em que a superfície radicular é tratada com uma solução de fluoreto, para torná-la parcialmente resistente aos osteoclastos e, assim, retardar o processo de substituição de qualquer anquilose posterior.
um exame radiográfico três semanas após o reimplante permitirá o diagnóstico de reabsorção inflamatória e radiolucidez periapical, ambas indicações de uma necrose pulpar infectada. Se as observações radiográficas sugerirem vagamente esses eventos, novos exames em intervalos de uma semana devem ser feitos (isto é, para o primeiro mês). Caso contrário, novos acompanhamentos em seis semanas, três meses e seis meses deverão ser realizados após o traumatismo.
No caso em que a cavidade de reabsorção inicial penetrou no cemento e atingiu os túbulos dentinários, toxinas de uma eventual infecção do canal radicular ou dos túbulos dentinários podem ser transmitidas por meio dos túbulos expostos até a superfície radicular. Este evento levará a uma continuação do processo osteoclástico e a uma reabsorção progressiva da superfície radicular, denominada de anquilose (reabsorção por substituição).