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Polícia Rodoviária Federal
Questão 1 de 1
Ponto de Exclamação Atenção: Esta questão está desatualizada.

            Houve uma época em que os homens viviam bem mais próximos do céu. E o céu, dos homens. Imagine um mundo sem luz elétrica, esparsamente povoado, um mundo praticamente sem tecnologia, fora os arados dos campos e os metais das ferramentas e das espadas. Nesse mundo, o céu tinha um significado muito diferente do que tem hoje. A sobrevivência das pessoas dependia de sua regularidade e clemência.

            Olhar para os céus e aprender seus ciclos era o único modo de marcar a passagem do tempo. Logo ficou claro que o céu tinha dois temperamentos: um, bem-comportado, repetitivo, como o nascer e o pôr do Sol a cada dia, as quatro fases da Lua e as quatro estações do ano; outro, imprevisível, rebelde e destruidor, o senhor das tempestades e dos furacões, dos estranhos cometas, que atravessavam lentamente os céus com sua luz fantasmagórica, e dos eclipses totais do Sol, quando dia virava noite e as estrelas e os planetas faziam-se visíveis e o Sol tingia-se de um negro profundo.

            Os céus eram mágicos, a morada dos deuses. O significado da vida e da morte, a previsão do futuro, o destino dos homens, tanto dos líderes quanto de seus súditos, estavam escritos nos astros. Fenômenos celestes inesperados eram profundamente temidos. Entre eles, os eclipses eram dos piores: se os deuses podiam apagar o Sol por alguns minutos, certamente poderiam fazê-lo permanentemente.

 

Marcelo Gleiser. O céu de Ulisses. In: Folha de S.Paulo, 6/6/2008, p. 9.

 

Considerando que os fragmentos de texto incluídos nas opções abaixo, na ordem em que são apresentados, são partes sucessivas de um texto adaptado de Marcelo Gleiser, assinale a opção em que, no fragmento adaptado, foram atendidos plenamente os preceitos de clareza e correção gramatical.



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