O nosso organismo funciona como um grande laboratório de química. Os nutrientes interagem o tempo todo e precisam estar equilibrados. Logo, se um deles estiver em falta, ou em quantidades insuficientes, irá atrapalhar o funcionamento de muitos outros. Se comermos berinjela de domingo a domingo, por exemplo, deixaremos de lado a abobrinha, o brócolis, a vagem, o quiabo, o chuchu, e todos eles têm algo a nos acrescentar, assim como todos os demais alimentos naturais.
O segredo está na variedade. Se você tem um leque pequeno de frutas, verduras e legumes aprovados, tente experimentar novamente aqueles de que não gosta, com outros temperos, com outras combinações ou diferentes modos de fazer, pois eles podem surpreendê‑lo.
Outra dica é voltar a experimentar os alimentos que paramos de comer quando éramos crianças porque não gostávamos deles, uma vez que, com o passar dos anos, nosso paladar muda.
Muitas doenças citadas em reportagens de revistas ou em textos da Internet podem ser prevenidas com uma alimentação natural, ou seja, com comida de verdade e sem ultraprocessados (tais como as bolachas recheadas, o macarrão instantâneo, os refrigerantes, os salgadinhos, as balas e os doces coloridos), que é rica em nutrientes e balanceada.
Mas, infelizmente, esse estilo de alimentação ainda está muito distante de milhões de casas brasileiras. Práticas inadequadas, como o baixo consumo de frutas, de verduras, de legumes, de cereais e de leguminosas, e a alta ingestão de produtos ricos em sal, açúcar, gordura e aditivos químicos, aliadas ao estresse e ao sedentarismo, têm se refletido no aumento dos casos das chamadas doenças crônicas não transmissíveis, como, por exemplo, diabetes tipo 2, obesidade, hipertensão, acidente vascular cerebral, alterações cardiovasculares e câncer.
De acordo com o Ministério da Saúde, em 2016, 69% das mortes ocorridas no Brasil foram causadas por essas doenças. No mundo, esse índice é de 63%. Nesse caso, vale apelar, mais uma vez, para o ditado popular: prevenir é melhor do que remediar.
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