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Texto para responder à questão seguinte.
O conhecimento não está está mais no cérebro das pessoas, mas na rede que interliga os indivíduos pensantes. Essa é a polêmica tese defendida pelo norte-americano David Weinberger, da universidade de Harvard, no livro Too Big to Know (Grande de mais para ser entendido), que acaba de ser lançado no mercado.
Noutras palavras, o que Weinberger sugere é que não é mais possível separar os indivíduos das estruturas de interatividade. A cultura tradicional baseia-se no fato de que o conhecimento bem como a sabedoria são atributos exclusivamente humanos, embora se expressam por meio de escritos, imagens ou sons.
Na era digital e da avalancha informativa informativo, o volume de conhecimento ganhou proporções ciclópicas e já não pode mais ser administrados apenas mentes privilegiados. O binômio homem/rede seria a alternativa para processar os 1,27 zetabytes de informação que são atualmente publicados na Web a cada 12 meses. É o equivalente a 600 quatrilhões de páginas datilografadas, ou uma quantidade de documentos 84 milhões de vezes maior que todo o acervo da Biblioteca do Congresso dos EUA (a maior do mundo).
Cada ser humano teria de ler, por ano, 100 milhões de páginas datilografadas de 30 linhas para dar conta de tudo o que é produzido no planeta em matéria de informação. Uma tarefa impraticável porque significativa ler 11.415 páginas por hora, dia e noite sem parar, ou 190 por minuto.
Esses números indicam que a mente humano já não é mais materialmente capaz de dar conta da absorção de tal quantidade de dados usando apenas os cincos sentidos. Esse conhecimento, por motivos óbvios, não está também nas redes virtuais que interconectam os cérebros humanos e disponibilizaram os dados, as informações e os conhecimentos procurados.
Um sábio já não chega a essa condição apenas absorvendo informação, mais participando de redes. Sem elas, não passaria de um ser comum.
E se Weinberger estiver certo, a tecnologia torna-se ainda mais relevante para o conhecimento humano, porque sem ela até as redes acabarão sendo soterradas pela avalancha informativa que não para de crescer. Só o material produzido por empresas, governos, escolas e universidades, tanto em papel como em formato digital, cresce ao vertiginoso ritmo de 65% ao ano. Usando o cálculo feito pelo estudo The Afe of Exabytes, em 2013 teríamos de ler quase 19 mil páginas por hora, ou 316 por minuto.
Se formos pensar em termos de notícias, fica claro, sem precisar fazer exercícios matemáticos, que é impossível a um ser humano se dizer bem informado hoje em dia se não estiver conectado a uma ou mais redes. Não dá para ler quatro edições completas de um grande jornal em um minuto.
Internet: <http://observatoriodaimprensa.com.br>
(com adaptações). Acesso em 13/2/2012.
Assinale a alternativa correta acerca das ideias do texto.