BRASIL: POTÊNCIA OU COLÔNIA?
Não há dúvidas de que, em alguns aspectos, a economia brasileira vai bem, com seu crescimento puxado pelo forte consumo do mercado interno. Também é preciso reconhecer que nos últimos anos o país obteve resultados expressivos no que diz respeito às políticas sociais, tendo tirado mais de 20 milhões de brasileiros do estado de miséria e elevado mais de 30 milhões à classe média. Por outro lado, alguns indicadores ainda nos envergonham e mostram que estamos muito distantes do mínimo necessário para nos considerarmos uma nação em desenvolvimento. Como exemplo, podemos citar um quesito fundamental à saúde, que é o saneamento ambiental, cujos indicadores são alarmantes (...). Na educação, ciência e tecnologia a situação não é diferente(...). No que se refere à Política Industrial, a situação também é extremamente preocupante, pois o atual modelo econômico nos empurra para uma primarização da economia. O fato é que o Brasil está priorizando a exportação de commodities em detrimento das exportações de bens de maior valor agregado(...).
NETO, Luiz Aubert. Revista Mercado Comum. Ano XVIII – Ed. 218. p. 112, 113.Texto adaptado.