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Em diversas campanhas e ações de empresas nesses tempos de pandemia, muito se tem ouvido falar de responsabilidade social corporativa – entendida como a responsabilidade de uma organização pelos impactos de suas decisões e atividades na sociedade e no meio ambiente, por meio do comportamento ético e transparente. O objetivo da empresa socialmente responsável é, como o dos demais atores sociais, também colaborar na transformação do mundo em um lugar melhor, por meio de sua atuação e do exemplo de suas ações, sem prejuízo de sua manutenção no mercado de forma lucrativa e segura.

 

Ainda é cedo para afirmar que o mundo corporativo estará indubitavelmente imerso na verdadeira responsabilidade social corporativa, realizando ações que, começando pelos seus próprios colaboradores e clientela, valorizem, de fato, o ser humano, o meio ambiente e a sociedade. Apesar disso, é possível analisar tendências do que se espera das empresas daqui para a frente e como práticas que emergiram em um momento de reinvenção e adaptação influenciarão o futuro corporativo.

 

É válido o questionamento sobre o que vale a pena ser preservado ou construído. Em muitas empresas, os desafios do universo corporativo foram drasticamente expostos nos primeiros dias da pandemia, como descompasso na tomada de decisões, ausência de cooperação, comunicação difusa, recursos digitais defasados e, o mais importante, falta de empatia com o ser humano.

 

Tais obstáculos precisam ser mapeados, corrigidos e superados, para que a empresa possa se adaptar à nova realidade.

 

O “normal”, qualquer que seja a sua acepção, jamais será o mesmo. As empresas precisaram adaptar-se à realidade do home office e do isolamento social, o que permitiu reflexões e aprendizados que impactarão a forma como se concebem o ambiente físico e as atividades presenciais. Torna-se essencial o investimento em tecnologia e inovação, sem mais espaço para pensamentos resistentes ao mundo digital. As necessidades do funcionário que trabalha de casa precisarão ser antecipadas, os seus custos com a prestação dos serviços avaliados e tomadas todas as medidas preventivas para se evitar o esgotamento profissional e mesmo o assédio moral.

 

As ferramentas digitais de trabalho remoto conquistaram espaço na vida corporativa e demandaram investimentos e aprendizados. Em especial, as plataformas de comunicação mostraram-se essenciais na execução de reuniões virtuais e teleconferências. Quando vencida a pandemia, tais medidas se tornarão hábito, incorporando-se na rotina das empresas, de seus colaboradores e clientes, e exigirão uma série de adaptações à nova realidade, inclusive em proteção e segurança de dados.

 

Mesmo as corporações que continuaram funcionando ou voltarem a funcionar em ambiente de escritório físico já tiveram ou terão de se adaptar, ajustando-se para a continuidade ou retorno seguro às atividades. O distanciamento de bancadas de trabalho, a disposição abundante de itens de higiene, o reforço na limpeza dos ambientes, o rodízio de escalas, o fornecimento de meios alternativos ao transporte público e cuidados acentuados com a saúde do colaborador e de sua família são apenas alguns exemplos dessa necessária adaptação.

 

Contudo, a verdadeira mudança será nas relações entre sociedade e empresas. Conduta ética e relações comerciais justas deverão ser incorporadas na rotina e cultura das empresas, valorizando o indivíduo, o meio ambiente e a sociedade.

 

Joelson Dias e Lorrane Calado Mendes. A responsabilidade social
corporativa na pandemia da covid-19: um novo mundo dos negócios é
possível? Internet: <jornalahora.com> (com adaptações).

 

Com relação à correção gramatical e à coerência da proposta de reescrita para cada um dos trechos destacados do texto, julgue o item.

 

“É válido o questionamento sobre o que vale a pena ser preservado ou construído.”: Vale indagar a respeito do que se deve preservar ou construir.



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