CP-T

Após três meses de internação hospitalar, a Sra. Violeta, idosa, viúva, diabética e paciente renal crônica sem agravamento, recebeu alta do hospital e foi incluída em um programa voltado para o atendimento domiciliar.

A partir da situação apresentada e da discussão sobre assistência em domicílio, de acordo com Miolo (Org) (2015), pode-se afirmar que

a assistência domiciliar se coaduna com a adoção de políticas de ajustamento que buscam preservar a efetividade das despesas da saúde em relação ao seu custeio, a partir da responsabilização do Estado pela gestão da saúde da Sra. Violeta.
a familia tem a atribuição precípua de gerenciar os cuidados com a saúde da Sra. Violeta, indicando um cuidador, remunerado ou não, e providenciando, inclusive, a capacitação desse cuidador.
para as equipes multiprofissionais, o familiar acompanhante pode ser um fator de proteção, pois contribui para prevenir passiveis erros da equipe, substituindo os profissionais e evitando situações de risco.
a presença da Sra. Violeta em casa requer a tecnificação do cuidado, com a transferência de conhecimentos e tecnologias para a família que fica responsável somente pelos procedimentos básicos.
os serviços de atendimento domiciliar promovem uma rotatividade dos leitos hospitalares e diminuem gastos nas unidades de saúde, na medida em que transferem uma parte dos cuidados dos pacientes para o ambiente domiciliar.