TEXTO I
SE A TERRA FALASSE...
Eu me chamo Terra. Tenho 4,6 bilhões de anos e abrigo centenas de milhares de seres vivos. Possuo muitas riquezas e inúmeros ecossistemas. Os oceanos cobrem cerca de dois terços de minha superfície, e sei que sou o único planeta do sistema solar que permite tanta vida. Sou envolvida pela atmosfera, que chega a algumas centenas de quilômetros acima da minha crosta. Estou mudando
constantemente desde que nasci.
Por exemplo, na Era Glacial, estive coberta por uma grossa camada de gelo. Houve o tempo dos dinossauros, que dominavam grande parte de meu ambiente e que, devido a mudanças naturais bruscas, não resistiram e acabaram morrendo. Apesar de todas essas mudanças, sentia-me bem, pois sabia que tudo fazia parte de um ciclo natural.
Muito tempo se passou e, hoje em dia, sinto-me fraca, muito fraca... Minhas florestas estão sendo destruídas por queimadas e desmatamentos, provocando inúmeras perdas de espécies animais e vegetais. Meus rios e oceanos estão sendo poluídos com lixo, dejetos e rejeitos de indústrias, e minha atmosfera está sendo danificada. O lixo acumulado demora para se decompor, provocando feridas em minha crosta. Tudo está sendo destruído e, só porque sou muito grande, apenas poucos acreditam que estou correndo perigo de morte, bem como todos os seres vivos que abrigo.
Os próprios humanos (responsáveis por todo esse caos) sofrem de inúmeras enfermidades causadas pelo desequilíbrio ecológico, pela contaminação das águas, pela poluição, e nem por isso tomam as providências necessárias para reverter essa situação.
Eu sou o seu Planeta, o seu paraíso, presente de Deus, que lhes oferece tudo o que é necessário. Preciso da sua ajuda e peço que cuidem bem de mim, plantando, reciclando, despoluindo, para que possamos viver em harmonia novamente, para que muitos animais e plantas continuem vivendo e para que as condições de vida humana melhorem, antes que seja tarde demais.
(ADAMS, Berenice Gehlen. Se a Terra falasse...
Disponível em: <http://www.syntonia.com/textos/textosecologia/seaterrafalasse.htm>. Acesso em: 28 ago. 2015. Adaptado.)
A gente pega tudo o que não interessa mais e joga fora. Veja uma solução para esse problema.
Leia o texto abaixo, Nem tudo que se joga fora é lixo, e resolva a questão.
TEXTO II
NEM TUDO QUE SE JOGA FORA É LIXO
Todo dia da nossa vida, a gente pega tudo o que não interessa mais e joga fora, certo? Daí vem o lixeiro e leva. Parece simples, mas... para onde o lixeiro leva o lixo? Há lugares onde eles jogam tudo, que são os lixões. Lá, os homens ficam pondo lixo e enterrando, até que junta tanto lixo que nem todas as máquinas do mundo conseguiriam enterrar. Nessa hora, é preciso encontrar novos lugares para fazer novos lixões. A gente nunca pensa nisso, afinal os lixões são todos longe da casa da maioria de nós. Mas fique sabendo que isso é um problema desse tamanho!
Algumas coisas que nós jogamos fora são tão venenosas que contaminam a terra dos lixões por muitos anos. O problema é que não existe mágica. Enquanto a gente viver, vai produzir lixo. O jeito menos besta de ajudar nisso é criar a menor quantidade de lixo possível. Como?
Reciclando. Reciclar não é só juntar vidro e jornal e vender para o garrafeiro, que vai vender para a fábrica de vidro ou papelão.
Ou então dar para o lixeiro nas cidades que coletam lixo reciclado.
A gente precisa aprender a gastar bem as coisas antes de jogar fora! Usar sempre o papel dos dois lados, usar vidros e saquinhos para guardar outras coisas depois de bem lavadinhos... Se a gente não se preocupar com isso, logo vai haver uma montanha fedida perto da nossa casa! Escute o que eu estou falando!
(BONASSI, Fernando. Vida da gente: crônicas publicadas no suplemento Folhinha de S. Paulo. São Paulo: Formato Editorial, 1999.
p. 21.)