A expressão “questão social” refere-se especificamente ao fenômeno de pobreza crescente entre a classe operária, tendo como fatores causadores a exclusão econômica; assim, refere-se, basicamente, à relação entre pauperização dos trabalhadores e a acumulação capitalista, prescindindo das expressões objetivas da pobreza.
Os países periféricos vivenciam a consolidação da modernização e do desenvolvimento como forma de integração à ordem econômica mundial, dado o fortalecimento dos arranjos econômico-sociais e políticos do tipo Welfare State nesses países. Enquanto isso, os países centrais viviam pleno emprego e expansão da seguridade.
A consolidação dos direitos sociais e trabalhistas e a oferta de serviços sociais foram, ao mesmo tempo, responsáveis pelo reconhecimento da necessidade de proteção social dos trabalhadores, como também possibilitaram o surgimento de ideologias que defendiam a possibilidade de compatibilizar capitalismo, bem-estar e democracia, lastro político da social-democracia.