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A “língua” do pensamento
Por mais distintas que as línguas sejam, praticamente tudo o que pode ser dito em uma língua pode ser dito nas demais. Certas palavras não encontram equivalentes exatos em outros idiomas, as estruturas sintáticas são muito diferentes, mas o sentido geral das frases tende a permanecer o mesmo. Tanto que, salvo em traduções de poesia, em que a expressão é tão importante quanto o conteúdo, o que se traduz num texto é o seu sentido geral e não o significado termo a termo, a chamada tradução literal, que muitas vezes conduz a enunciados sem sentido.
Essa possibilidade quase irrestrita de tradução é possível porque o “sentido geral” a que estou me referindo é algo que transcende a língua.
Trata-se de uma representação mental que fazemos da realidade e prescinde de palavras. Mas tampouco se dá por imagens ou outros símbolos dotados de um significante material.
Tanto que cegos de nascença, surdos-mudos e indivíduos privados da linguagem por alguma patologia são perfeitamente capazes de pensar e compreender a realidade.
(BIZZOCCHI, Aldo. Língua. jan. 2012. p. 54)
Em que opção a reescrita do primeiro período do texto não sofre mudança de sentido?