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"Folha on-line - 29/0412010 - 10h23 I
Asteróide tem estoque de água congelada,
diz estudo - (REINALDO JOSÉ LOPES da
Reportagem Local)"
A Nasa já tem mais um bom motivo para seguir em frente com seu plano de mandar humanos ao cinturão de asteróides entre Marte e Júpiter: água. A preciosa substância parece estar distribui da. na forma de gelo, por toda a superfície do asteróide 24 Têmis, apontam dois novos estudos. Pode ser um Indicio de que a própria água responsável pelo surgimento da vida na Terra tenha vindo do cinturão durante os primórdios do Sistema Solar.
Como a visita de astronautas não aconteceu, a pista a presença de água congelada é indireta. Os dois grupos de pesquisa, que incluem gente nos EUA, na Europa e no Brasil, observaram a luz infravermelha que chega a superfície do asteróide e é rebatida por ele. Dependendo da composição do astro, a "assinatura" desse infravermelho varia, explica a astrônoma Thais Mothé-Diniz, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Ela é co-autora de um dos estudos na revista "Nature" de hoje. A origem do gelo é mais misteriosa, as condições do cinturão de asteróides deveriam, em tese, fazer com que ele sublimasse , virasse gás direto, sem passar pela forma líquida. "Achamos que há um reservatório de gelo logo abaixo da superfície, que pode ser trazido para cima, talvez pelo impacto de micrometeoritos ou pela ação do vento solar [fluxo de partículas oriundo do Sal)", afirma a astrônoma. Os dados podem trazer pistas sobre o próprio passado da Terra. Isso porque é consenso entre os cientistas que, durante sua formação, há cerca de 4,5 bilhões de anos, o planeta não teria como manter um suprimento considerável de água. a Terra também foi bombardeada por corpos menores durante esse período, entre eles cometas, ricos em gelo, os poderiam ter abastecido os ancestrais dos oceanos. O impacto dos achados sobre futuras missões tripuladas pode ser mais direto do que se imagina. Um dos cientistas que estão ajudando a planejar a visita ao cinturão de asteróides é justamente o venezuelano Humberto Campins, da Universidade da Flórida Central, coordenou o artigo na "Nature" também assinado pela pesquisadora brasileira.
A expressão "a assinatura desse infravermelho varia" significa: