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Essa nota faz falta?

 

De tempos em tempos, os financistas cultivam um novo fetiche. O atual é algo que, no idioma de economistas e operadores, recebe o nome de “grau de investimento” (investment grade, em inglês, como eles preferem). É um indicador usado pelas agências internacionais de classificação de risco para definir os países que, em tese, merecem a confiança dos investidores. São aqueles que, em princípio, têm um ambiente político-econômico mais estável que os demais e pagam em dia seus compromissos externos.

 

Até agora, apesar da consistência da política econômica praticada no país nos últimos anos, o Brasil ainda não conseguiu nota suficiente para ser aprovado no “vestibular”. Continua a ser classificado como um país vulnerável a cenários econômicos adversos. Com a ressalva de que hoje tem condições de pagar suas dívidas. Muitos analistas passaram a encarar a obtenção do “grau de investimento” como uma panacéia, algo indispensável para garantir um futuro brilhante para o Brasil. Será?

 

É claro que é melhor ser promovido que não ser. E alguns fundos de pensão de grandes empresas estrangeiras, proibidos de investir em países que não receberam o tal “grau de investimento”, poderiam fazê-lo. Mas, fora isso, há poucos efeitos práticos. “O grau de investimento ajuda a mostrar que o Brasil é um mercado confiável, mas não é determinante para a maioria das decisões dos investidores internacionais”, diz Octávio de Barros, diretor de pesquisas econômicas do Bradesco, “Não é mais tão importante quanto já foi”, diz Eduardo Assis, diretor do HSBC e ex-diretor do Banco Central.

 

Mesmo sem a bênção das agências de classificação de risco, o ágio praticado em empréstimos ao Brasil caiu ao menor nível em todos os tempos. E o Brasil é hoje um dos países emergentes que mais recebem investimentos diretos (que não inclui o capital especulativo).

 

Historicamente, o Brasil também sobressai nos investimentos. O total recebido em todos os tempos chega a 25,4% do Produto Interno Bruto (PIB) – mais que Índia (5,8%), China (14,3%) e a média global (22,7% do PIB). Sem nunca ter colado grau.

 

(Época, 12 de fevereiro de 2007)

 

Seja o seguinte fragmento extraído do texto:

 

 

Flexionando-se no plural o substantivo e os adjetivos, tem-se como correta, de acordo com a gramática normativa, a seguinte opção:



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