Ticiano Barboza, 18º - Auditor Fiscal da Receita Estadual - SEFAZ AL

Fala, pessoal!

Aqui quem fala é Ticiano, tenho 28 anos, moro em Maceió/AL, sou formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Campina Grande e fui aprovado para o cargo de Auditor Fiscal da Receita Estadual de Alagoas em 18º lugar. Vou tentar falar um pouco sobre a minha trajetória nos estudos até a aprovação, apontar alguns acertos e erros cometidos durante esse processo.

Bom, iniciei os estudos para concurso em Janeiro de 2019, logo após a colação de grau. Naquela época, como tantos outros que se formaram ou estão por se formar em Engenharia, o cenário no mercado privado não estava tão favorável e, associado a isso, nunca gostei da ideia de precisar de um “QI” (quem indica) para poder adentrar no mercado de trabalho. Com isso em mente, e um certo incentivo familiar, decidi estudar para concursos, pois não precisaria de ninguém para começar a trabalhar e dependia, primordialmente, do meu esforço.

E assim iniciei meus estudos para concursos na área de Engenharia Civil, sem muito material (quem estuda para concurso de Engenheiro assim sabe a dificuldade de arrumar materiais para as disciplinas específicas), sem muita técnica e fugindo de disciplinas, como Português. Nessa pegada, ainda cheguei a fazer dois concursos para Engenheiro e, apesar de ter sido classificado, fiquei longe das vagas, já que esses concursos quase sempre vêm com poucas vagas, e sem perspectivas de ser chamado. Ao analisar o desempenho nesses concursos, notei que tinha ido muito bem nas matérias em que existe um vasto material teórico e questões, mesmo tendo iniciado o contato com elas a pouco tempo, como os direitos (Constitucional, Administrativo e leis específicas). Assim, decidi mudar de área, para alguma área que conseguisse ter material para estudar e bastante questões para treinar (intuitivamente já entendia o poder de fazer questões). Nessa época, existiam rumores de dois concursos grandes aqui em Alagoas, o da Polícia Civil e o da SEFAZ, a vontade de começar logo a trabalhar e o medo das disciplinas da área fiscal, que outras pessoas falavam que era super difícil de passar no curto prazo e falavam tão mal de Contabilidade, me fizeram estudar para área policial durante, aproximadamente, 1 ano e 03 meses.

Durante esse tempo estudando para área policial, saiu o edital da PC-DF e o concurso foi suspenso, por duas vezes (uma para o cargo de Escrivão e outra para Agente), até que com a segunda suspensão eu decidi mudar de área, pois naquela altura já sabia que a carreira policial não seria o “cargo fim” e já me interessava a carreira fiscal - nessa época eu já estava mais antenado no mundo dos concursos e conhecia as diversas áreas em que ele se subdivide. Dessa maneira, entre Maio e Junho de 2020 mudei completamente de área e meu foco passou a ser o cargo de Auditor Fiscal (por ironia do destino, não cheguei a fazer nenhuma prova para polícia durante o período de estudos para área policial).

Entre o início dos estudos e a aprovação colecionei reprovações:

Polícia Federal/2021 (por uma questão não tive a redação corrigida), Polícia Civil de Alagoas 2021 (fiz a prova por ser em casa e sem desviar a rota da área fiscal) e SEFAZ/CE (primeira prova fiscal, o objetivo era ficar dentro das redações corrigidas e consegui, mas fui eliminado na discursiva por não fazer o mínimo);

E algumas vitórias:

Agente de trânsito da Prefeitura de Pilar/2019 (5o lugar, não tomei posse para continuar estudando), Soldado Combatente do Corpo de Bombeiros de Alagoas (dentro das vagas depois do TAF, mas o concurso foi suspenso e também fiz sem desviar do estudo para Fiscal), Auditor Fiscal de Tributos Municipais do ISS/Aracaju (63o lugar, CR) e SEFAZ/AL (18o lugar, em casa).

Durante todo o período de estudo eu tive o privilégio de “só” estudar, portanto conseguia manter uma média de 6-7h líquidas sem edital e em época de pós edital conseguia subir essa média para 8-9h líquidas, de segunda a sábado, e, no pós edital, aos domingos treinava a discursiva. Além disso, depois da fase estudando para concurso de Engenheiro busquei consumir o máximo de informação sobre como estudar para concurso e as diversas técnicas de revisão (mapa mental, resumo, Anki, revisão de 1 dia, 7 dias e etc), a fim de entender como funcionava esse mundo paralelo dos concursos e aprender com os melhores sobre como estudar. No fim, o que eu me adaptei melhor foi utilizar o Anki e fazer questões, milhares de questões, a fim de revisar e manter todos os assuntos (só aqui no TEC foram mais de 40 mil, desde que assinei a plataforma em Setembro de 2020).

Durante essa caminhada pude aprender algumas coisas com meus erros e gostaria de compartilhar com vocês como forma de conselho:

Nunca acreditem que algo é difícil ou impossível sem antes tentar;
Nunca negligencie nenhuma matéria de um concurso (claro, a depender do edital vai haver disciplinas com maior ou menor peso e assuntos que não serão vistos ou aprendidos, mas na medida do possível, façam uma preparação abrangente);
Não existe fórmula mágica, existem milhares de técnicas de estudo e revisão, teste-as e veja o que melhor se adapta a você;
Às vezes, você está fazendo tudo certo, o que falta é acumular tempo de estudo e persistência de continuar fazendo até chegar o momento em que tudo vai dar certo;
Lembrem-se, o concurso é composto de diversas etapas e a(s) prova(s) é(são) apenas uma das etapas, ou seja, ”o jogo só acaba quando o juiz apita”;
Questões, façam milhares de questões, elas vão permitir vocês conseguirem inferir, quando a banca colocar algo inédito numa prova, e acertar as questões que a banca repete (sim, toda banca repete questão, umas mais outras menos).

Por isso, o TEC é uma ferramenta poderosíssima e o melhor investimento nessa jornada de concurso, pois na hora da prova você vai ter que resolver questões e os aprovados serão aqueles que acertarem mais questões do que a nota de corte do concurso.

No mais, deixo um grande abraço a todos. Sigam firme nessa jornada, sempre procurando se superar, pois a vitória chegará para os que não desistirem!