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Ricardo Ono, 21ª - Procurador do Distrito Federal - 2022 e outros.

Já conhece a história de sucesso de Ricardo Hideaki Ono? Veja mais depoimentos de alunos do TEC!

1) Quais são as suas aprovações (cargos e colocação)?
Olá, pessoal! Atualmente sou Procurador do Distrito Federal.

Antes disso, exerci o cargo de Procurador do Estado de Goiás, Procurador do Município de Guarujá, Procurador do Município de Curitiba, Analista do MPU e Técnico do Banco Central.

Pelo que consegui apurar, minhas aprovações foram as seguintes:

  • Procurador do Distrito Federal;
  • Procurador do Estado de Goiás;
  • Procurador do Estado do Rio Grande do Sul;
  • Procurador do Município de Curitiba;
  • Procurador do Município de Guarujá/SP;
  • Procurador do Município de Jundiaí/SP;
  • Procurador do Município de Campo Largo/PR;
  • Procurador do Município de São José dos Campos/SP;
  • Procurado do Município de Contagem/MG;
  • Procurador do Município de São Bernardo do Campo/SP;
  • Procurador do Município de Trindade/GO;
  • Procurador Câmara Municipal de Curitiba;
  • Advogado Conselho Federal de Medicina;
  • Procurador Jurídico Conselho Federal de Odontologia;
  • Advogado Terracap;
  • Analista do MPU/Direito;
  • Analista Judiciário do STJ;
  • Analista Judiciário do TRF da 1ª Região;
  • Especialista Área Jurídica FUNPRESP-EXE;
  • Técnico Banco Central;
  • Técnico FUNAI;
  • Técnico Administrativo Terracap.

 

Apesar de ser um número expressivo de aprovações, lembrem-se que elas decorreram de uma jornada bastante longa de preparação, de modo que cada uma delas é acompanhada por um grande número de reprovações. Por esse motivo, continuem estudando e busquem sempre o aperfeiçoamento.


2) Qual sua formação e por que decidiu estudar para concursos? Fique à vontade para nos falar de sua história.
Graduei-me em Direito, pela Universidade de Brasília (UnB), em meados de 2014.

Logo no início da faculdade, em um dos períodos de férias, meu pai me matriculou para fazer um curso intensivo para o concurso Banco Central. Estudei intensamente, mas não acreditei que teria chances de ser aprovado, já que era um número absurdo de candidatos concorrendo às vagas para técnico.

Fiz a prova e deixei o concurso de lado. Até que certo dia, um amigo meu me ligou e me avisou que eu havia sido aprovado no concurso do Banco Central. Não conseguia acreditar. Consultei o resultado e liguei para o BACEN para me certificar se era isso mesmo.

Consegui ir bem na parte geral (graças à base de conhecimento que havia construído para o vestibular). Já a parte específica foi lapidada durante o curso intensivo que eu havia feito. Mas tenho certeza que só passei porque era para ser assim. Fui nomeado e virei o servidor mais jovem do Banco Central. A partir disso, passei a conciliar trabalho e estudo.

Durante a faculdade tive professores (excelentes, por sinal) que ocupavam o cargo de Procurador do Distrito Federal. Estava, então, plantado o sonho de me tornar advogado público.

Por isso, depois de formado, passei a estudar para os concursos de procuradorias.

Testei de tudo: cursos presenciais, livros, acompanhamento individual, pdfs e etc. No início, estudava bem menos do que o necessário.

É certo que eu cometi inúmeros erros durante a minha trajetória, mas hoje enxergo que tudo foi parte do processo.

Acho que somente lá pelos idos de 2018 consegui entender o que funcionava melhor para mim. A partir disso, passei a imprimir um ritmo de estudo mais intenso.

Obtive minha primeira aprovação em uma Procuradoria (PGM São Bernardo do Campo), em uma posição bem distante da lista. Não havia chances de ser chamado, mas vi que estava caminhando para o rumo certo.

Em 2018 fiz também a prova de Analista do MPU. Adaptei os estudos durante um mês, para cobrir as especificidades do edital. Na prova, fui surpreendentemente bem.

No entanto, o espelho provisório da discursiva deixava de cobrir exatamente a resposta que eu apresentei.

Lutei bastante, debati com vários colegas e professores e recorri. No fim, o gabarito preliminar da discursiva foi alterado, passando a abarcar o que eu tinha respondido. Com isso, praticamente gabaritei essa parte do concurso (39,93 de 40). Aprendi que a interposição fundamentada de recursos é fase essencial do certame.

Em 2019, não houve prova de PGE. Em compensação saiu a PGM Curitiba que, por motivos pessoais, era muito importante para mim. Adotei uma rotina espartana de estudos: passei a madrugar, tomar banho de água fria, estudar em sala de estudos, almoçar rápido para sobrar mais tempo para os estudos e por aí vai.

Obviamente, não era uma rotina sustentável a longo prazo. Mas naqueles 4~5 meses foi algo necessário.

Após um concurso difícil, com algumas idas e vindas, acabei sendo aprovado na 10ª colocação. Não conseguia acreditar. Estava muito feliz, embora estivesse determinado a continuar a estudar até tomar posse.

Ainda em 2019, obtive algumas outras aprovações, até que, em 2020, veio a pandemia.

Demorou um tempo para conseguir me adaptar. Passado o pânico inicial, era preciso reorganizar a rotina, que envolvia estudar e trabalhar em casa. Nesse período, formei um grupo de WhatsApp com mais dois amigos, por meio do qual trocávamos dicas, materiais e palavras de incentivo.

Depois de quase um ano e meio, a pandemia deu uma arrefecida. As provas voltaram com força a partir da metade de 2021.

Fiz várias provas. Reprovei em algumas e fui avançando em outras.

Dessa leva de 2021, consegui ser aprovado na PGM Jundiaí (8° lugar) e na PGM Guarujá (1° lugar). Além disso, cheguei na prova oral da PGE/GO e avancei na PGE/RS.

Em 2022, fui nomeado para o cargo de Analista do MPU. Resolvi assumir, mas a prova oral da PGE/GO aconteceu bem no meio dessa transição de cargos.

Estudei muito e treinei bastante. Tinha ido muito bem na prova discursiva/prática da PGE/GO e esperava obter um resultado semelhante na prova oral. Para a surpresa de todos, essa fase do concurso reprovou muito. E eu, ufa, sobrevivi! Estava aprovado no concurso da PGE/GO!

Passados uns dois meses, fui nomeado para a PGM Curitiba. Mudei-me de Brasília e fui tomar posse no meu primeiro cargo de procurador. Apesar da correria, estava muito feliz.

Logo que comecei a trabalhar em Curitiba, saiu a notícia do edital da PGDF. Ainda estava me adaptando à nova rotina de trabalho e costumava chegar bastante cansado em casa. Desde a aprovação na PGE/GO, os estudos estavam parados. Não sabia se teria gás para me preparar com tanta intensidade para esse concurso que foi o meu primeiro sonho!

Graças ao incentivo da namorada (hoje esposa), me reorganizei e voltei a estudar. Em um ritmo muito menos intenso do que antes, mas era o que dava.

Fui fazer a prova oral da PGE/RS, mas resolvi abrir mão de me preparar especificamente para ela. Encarei mais como um simulado extremamente realista, que me daria mais experiência. Felizmente, também obtive sucesso nesse concurso.

Para a minha surpresa, consegui ser aprovado na primeira fase da PGDF. Sinceramente, achei que não tinha mais ritmo para concorrer em um certame desse nível. Acho que a bagagem acumulada ao longo de muitos anos de estudo foi primordial.

O avançar do concurso da PGDF foi intercalado com mudanças de cargo e de cidade para mim. Assumi a PGM Guarujá e, pouco mais de um mês depois, assumi a PGE/GO.

A aprovação no cargo de Procurador do DF aconteceu para mim. Estive longe de um cenário ideal de preparação e, mesmo assim, a prova me escolheu. Vez ou outra, ainda fico sem acreditar. Tomei posse no cargo dos meus sonhos em agosto de 2023.


3) Há quanto tempo estuda para concursos? Quantas horas por dia você estudava?
No início da faculdade, estudei um período para o cargo de técnico, até ser aprovado no Banco Central.

Após formado, demorei a pegar no tranco. Estudava pouco, sem método e de forma indisciplinada. Comecei a estudar melhor em 2016, sendo que foi em 2018 que passei a levar bastante a sério a preparação para os concursos de procuradorias.

Sempre tive que conciliar a preparação com o trabalho. A partir de 2018, estabeleci a meta de estudar 35h líquidas por semana. Acordava mais cedo para estudar de manhã, estudava durante o horário de almoço e após o expediente. Usava os fins de semana para completar o que faltava da meta.

Mantive esse ritmo por aproximadamente quatro anos.


4) Qual a importância da resolução de questões na sua preparação? Como o Tec te ajudou nessa tarefa?
A resolução de questões foi primordial para o meu desenvolvimento como candidato. A prática massiva de questões oficiais colaborou para a consolidação das informações mais importantes para os concursos da advocacia pública.

Na época de estudante, eu tinha o costume de acompanhar as estatísticas de acerto em cada matéria. Além disso, fazia a busca dos temas com maior incidência para cada matéria. Isso me ajudava a fazer um planejamento mais estratégico dos temas a serem estudados e revisados.

Sempre gostei muito do layout do TEC. O aspecto visual da plataforma colaborou para um estudo menos cansativo. Os comentários dos professores e dos alunos serviam também como uma ótima forma de revisão.


5) Recado aos demais concurseiros e considerações finais.
A partir do meu relato, tudo parece ter sido bem menos difícil do que realmente foi.

A verdade é que as aprovações que obtive foram verdadeiras ilhas de êxito em um mar de dificuldades e de frustrações. Foram longos anos de estudo sério, comprometido e abrindo mão de muita coisa.

Sofri incontáveis reprovações. Mas decidi perseverar, tentando equilibrar intensidade e consistência. Aos poucos fui descobrindo o que melhor funcionava para mim e, a todo momento, fui corrigindo/adaptando minha forma de estudo.

Algumas coisas demoraram a acontecer para mim. Em compensação, quando aconteceram, vieram na melhor época possível.

A mensagem que gostaria de deixar é a seguinte: inspire-se na história dos aprovados, mas não romantizem ou se deixem enganar: as trajetórias, em 99% dos casos, são muito árduas e recheadas de reprovações.

Ser aprovado é algo difícil, mas plenamente viável. Depende de um estudo intenso e bem direcionado. Além disso, a aprovação tem muito mais a ver com posturas comportamentais adequadas (disciplina, constância e bom equilíbrio emocional) do que com características inatas dos candidatos (como inteligência, genialidade etc).

Por isso, pondere a vontade de vencer com a paciência. Entenda o período de estudos como uma fase em que você vai amadurecer, aprender uma série de matérias e de habilidades, além de aumentar o seu nível de autoconhecimento.

Se fizer a sua parte de forma mais ou menos correta (não existe perfeição), o resultado virá. Acredite em si e, se possível, busque apoio daqueles que são importantes para você.

Boa sorte! Desejo muito sucesso nessa jornada! Abraços!