Olá, pessoal! Meu nome é Rafael Bernardo de Castro, tenho 32 anos, sou de Florianópolis/SC, casado e sem filhos. Sou formado em Engenharia de Produção Mecânica pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e em Administração pela União Pioneira de Integração Social (UPIS). Gostaria de começar essa entrevista agradecendo o apoio que tive da minha esposa e dos meus pais, além de ser grato a Deus por tudo.
Minha trajetória no mundo dos concursos começou em agosto de 2015, pouco depois de me formar na UFSC. Após refletir, optei por estudar para concursos devido às inúmeras oportunidades com remunerações melhores do que no setor privado para um recém-formado, além da estabilidade. Também entendi que o serviço público se encaixava com o meu perfil e que eu poderia contribuir.
Como já estou há bastante tempo estudando, devo ter feito mais de 50 provas em diversas áreas. Os cargos que assumi foram: Analista Legislativo/Senado Federal (15º); AJAA/STM (3º lugar) - cargo que ocupei antes de ingressar no Senado Federal, desde novembro de 2019; Analista Iphan/SC (4º); APPGG/Niterói (4º). Outros concursos que fui aprovado e convocado, mas não assumi e assinei o termo de desistência: Técnico (83º) e Analista (10º) da DPE/RS, Administrador/ CIASC (3º), TJAA/STM (152º), TJAA/TRT-2 (172º), TJAA/TRT-15 (80º), AJAA/TJ-PE (33º).
Ressalto que a realização de muitos exercícios foi essencial para obter esses resultados e sou muito grato ao TEC por tudo. No começo dos meus estudos, não priorizei tanto a resolução de questões, o que foi um erro. Depois, fui ficando cada vez mais “viciado” em fazer exercícios e fazer provas, kkkk. A plataforma do TEC é muito intuitiva, com muitas funcionalidades que facilitam o estudo. Eu costumava usar os guias de estudo e depois ia adaptando e criando cadernos próprios. Fazia as questões e colocava como favorito quando errava ou quando ficava em dúvida.
Além do TEC, fazia também cadernos de erros e resumos a partir das questões utilizando o aplicativo One Note. Utilizei muito o aplicativo Anki também com flashcards para revisão e memorização, sendo que colocava questões selecionadas do TEC no Anki para ficar refazendo até não errar mais. Os exercícios são fundamentais para conhecer o perfil de cobrança da banca e suas tendências mais recentes, visando direcionar os estudos para o que é mais relevante. Recomendo muito o uso do TEC para resolução do máximo de questões que você conseguir, buscando usar os filtros e todas as funcionalidades para realizar um estudo focado no que é mais importante. Além disso, é fundamental, de tempos em tempos, fazer um diagnóstico dos pontos fracos e das lacunas para trabalhar esses aspectos e melhorar seu desempenho nas disciplinas. As estatísticas do TEC ajudam muito nesse sentido. Ainda, utilizava PDF, videoaulas e aulas em áudio e escutava a lei seca, normalmente quando estava fazendo atividade física, no ônibus ou almoçando, procurando estudar sempre que possível (principalmente no pós-edital).
Sobre a minha história de concurseiro, eu passei por diferentes momentos. No começo, no segundo semestre de 2015 e 2016, “só” estudava para concursos, depois, conciliei com a segunda graduação em Administração e, a partir de 2019, conciliei os estudos para concurso com o trabalho, quando assumi meu primeiro cargo público - Analista de Políticas Públicas e Gestão Governamental (APPGG) na Prefeitura de Niterói. Utilizei diversas estratégias para conciliar o estudo para concursos com o trabalho, mas o que fez realmente diferença foi quando passei a trabalhar das 12hs/19hs como Analista Judiciário - Área Administrativa (AJAA) no Superior Tribunal Militar (STM) no final de 2019, pois acordava mais cedo e estudava antes do trabalho. Estudava de domingo a sexta, descansando no sábado. Buscava fazer de 20 a 25 horas líquidas de estudo semanais, com uma média de 3 a 4 horas diárias, além de aproveitar sempre os feriados para estudar um pouco mais. Nem sempre alcançava essa meta de estudos, mas procurava não desanimar. Também utilizava o período de férias do trabalho antes das provas, buscando intensificar os estudos nesse momento crucial. Desde agosto de 2015 até agora, estudei, aproximadamente, 4.200 horas líquidas. Nesse período, teve momentos que consegui estudar mais e momentos que estudei menos, tendo reduzido significativamente o ritmo de estudos no segundo semestre de 2018, em 2019 e 2020, por várias questões. Acrescento que usei vários métodos ao longo do tempo para o planejamento dos estudos, mas o que funcionou melhor para mim foi o ciclo de estudos, então, procurava, no geral, estudar várias matérias ao mesmo tempo. Normalmente, estudava em torno de três disciplinas por dia, mas isso variava bastante, para ser sincero. Quando estava começando alguma disciplina ou quando estava com dificuldade, eu ficava algumas semanas priorizando-a no estudo.
Deixo como recado final aos demais concurseiros que acreditem que a aprovação é algo real e possível. No começo, eu achava que concurso era só para gênio e que não era para mim, e foi essencial mudar a mentalidade e entender que eu estava concorrendo comigo mesmo e deveria me dedicar e perseverar até a aprovação. Além disso, é importante definir, dentro do possível, uma área para direcionar os estudos. Do contrário, você acaba tendo que estudar muitos assuntos do zero para um novo concurso e demora para alcançar a maturidade suficiente nas disciplinas para chegar, realmente, no nível de brigar por uma das vagas. Não desista, as reprovações são parte da trajetória rumo a tão sonhada aprovação. Aprenda com as suas reprovações e seus erros para não os repetir nos próximos concursos. Por fim, ajuda muito ter uma rede de apoio, sou muito grato a minha esposa e a meus pais que me ajudaram ao longo dos anos de estudo e, acima de tudo, grato a Deus que me abençoou. Ressalto que fico feliz de poder compartilhar um pouco da minha história e espero que possa ajudar de alguma forma os colegas concurseiros que estão nesse momento das suas vidas. Sucesso!!!