Matheus Fernandes, 1º (PCD) - Auditor do Estado (CGE SC - 2023) e outros.

1) Quais são as suas aprovações (cargos e colocação)?

• CGE-SC - 1º PcD;
• Casan - 3º AC;
• Celesc - 11º AC;
• IPEA - Concurso em andamento (posição a confirmar).

2) Qual sua formação e por que decidiu estudar para concursos? Fique à vontade para nos falar de sua história.
Me formei em Economia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) no primeiro semestre de 2016; e no Mestrado em Economia Aplicada, também pela UFSC, no início de 2019.

Decidi me aventurar nesse mundo dos concursos públicos de forma mais assertiva após concluir o mestrado, quando percebi que a carreira acadêmica não era a minha prioridade.

Para mim, estudar para concursos tem sido uma forma de autorresponsabilização em relação ao futuro que eu desejo, já que sempre acreditei que a possibilidade de aprovação poderia se concretizar caso eu me dedicasse de forma honesta e com método suficiente para os certames escolhidos, sem depender de condições políticas favoráveis, de eventuais indicações etc.

3) Há quanto tempo estuda para concursos? Quantas horas por dia você estudava?
Eu comecei a estudar para concursos de maneira comprometida e com mais consistência na segunda metade de 2019, passando pelos percalços da pandemia - período em que não fui capaz de manter o ritmo de estudos de forma continuada -, focando especificamente na área de controle, e buscando os editais pertinentes - CGU, TCU, TCE-SC -, cujos conteúdos me deram a base de conhecimento necessária em diversos assuntos recorrentes nesse tipo de concurso.

Em 2019 eu já havia começado a focar os esforços quase que exclusivamente na área de controle. Apesar disso, continuei prestando alguns concursos um pouco fora do escopo de estudo, mas nos quais eu acreditava que poderia testar os conhecimentos, além de me testar em ambiente de prova.

Sabendo da iminência de alguns editais importantes da área de controle já em meados de 2021, época em que trabalhava em home office, passei a estudar uma média de 4 a 6 horas líquidas por dia, variando entre teoria e, paulatinamente, incrementando as revisões e a resolução de questões.

4) Qual a importância da resolução de questões na sua preparação? Como o Tec te ajudou nessa tarefa?
À medida que os editais que me interessavam se aproximavam, passei a resolver cada vez mais questões por meio do Tec; a fazer cadernos específicos de cada matéria; cadernos contendo apenas os erros; cadernos com questões exclusivamente da banca anunciada para um dado concurso; além de acompanhar o aproveitamento em cada matéria e me debruçar para suprir as carências mais relevantes - numa análise de incidência de um dado assunto versus peso do mesmo na prova versus custo de oportunidade de estudar aquela matéria.

Nesse sentido, o Tec foi fundamental na minha aprovação, tendo sido a principal plataforma de resolução de questões desde o início da minha preparação, em 2019.

5) Recado aos demais concurseiros e considerações finais.
Acredito que para ser aprovado há alguns requisitos, que podem ser resumidos da forma que segue:

• É preciso saber onde se quer chegar, já que "de nada adianta o vento estar a favor se não se sabe pra onde virar o leme";
• É preciso ter método de estudo, especialmente se o foco são concursos com mais benefícios, remunerações mais elevadas, status etc., que costumam ser mais concorridos e visados pelos candidatos mais bem preparados;
• É preciso entender que o concurso só acaba quando já não há possibilidades de aprovação. Isso significa que se é possível recorrer, recorra!; se é possível pleitear por aumento de nota, faça!; se você sabe que o concurso que visa vai conceder pontos por pós-graduação, mestrado, doutorado, anos de experiência etc., busque atender aos critérios. É preciso "jogar o jogo";
• É preciso ter condição emocional e rotina minimamente adequada para estudar com qualidade;
• É desejável encarar o processo de forma cooperativa, pois inúmeras outras pessoas já passaram por condições, situações e momentos de vida tão duras quanto as que você passa. Ganha-se muito mais cooperando e aprendendo com elas do que competindo e se fechando num processo mais individual, que tende a perpetuar "pontos cegos" ou tautológicos ao longo do caminho;
• É preciso não desistir e entender, sem hipocrisia, que quanto melhores são as condições oferecidas num edital, maiores tendem a ser as renúncias que o candidato precisa fazer para superar o funil em busca da aprovação. No entanto, quanto mais você estuda de maneira comprometida e honesta consigo mesmo, melhores tendem a ser os seus resultados ao longo do tempo, e mais próxima tende a estar a aprovação. E é muito provável que, quando aprovado, você conclua que todo o esforço valeu a pena!