Maristela Oliveira, 2ª (AC) - Perito Oficial Forense (PC MS - 2021)

1) Quais são as suas aprovações (cargos e colocação)?

• Perito Criminal - PCES;
• Perito Criminal - PCMG;
• Perito Criminal - PCMS.

2) Qual sua formação e por que decidiu estudar para concursos? Fique à vontade para nos falar de sua história.
Sou Médica Veterinária, formada pela Universidade Federal Fluminense, e decidi começar a estudar para concursos antes mesmo de terminar a graduação, por conta da realidade profissional da medicina veterinária no mercado privado, em que trabalhamos como autônomos, tendo muitas dificuldades para manter uma estabilidade de trabalho ou financeira, com uma carga horária de trabalho muito grande e sem regulamentação adequada. Eu sempre gostei muito da Medicina Veterinária e queria prestar concursos que envolveriam a minha área ou que eu pudesse manter o conhecimento que eu já tinha. Eu comecei os estudos em 2018 para carreiras policiais, por afinidade. Nesse tempo surgiram concursos para a minha área de graduação e ia fazendo os que apareciam pra mim, fiz PMDF, DEPEN, PF, PRF, PCERJ, e tive um total de 11 reprovações e 3 aprovações. Até a minha primeira aprovação foram 4 anos de estudo concomitante com trabalho como plantonista veterinária em múltiplas clínicas. Eu trabalhava e estudava nos intervalos do trabalho, então precisei desenvolver mecanismos para carregar meu material e ter acesso em qualquer dispositivo, com uso de programas de anotação remota por exemplo, tablet, e aplicativos que me permitiam estudar no ônibus ou no consultório enquanto não tinham pacientes. Vários colegas de profissão me criticaram muito na época e falaram que estudar para concursos policiais não tinha nada a ver com a Medicina Veterinária, e que eu só queria a estabilidade, e largar a Veterinária. Contudo, todas as minhas aprovações foram para cargos de atribuição do médico veterinário nas polícias civis. Depois de 1 ano e meio de serviço eu hoje trabalho especificamente com crimes contra a fauna e crimes de maus tratos contra animais domésticos, além de crimes contra a ordem de consumo, relativos à alimentos impróprios e danos à saúde pública. Atualmente estou no mestrado e desenvolvo um projeto de pesquisa que analisa estatisticamente a casuística de maus-tratos a animais domésticos no estado de Mato Grosso do Sul, avaliando a relevância prática de exames complementares e das parcerias com universidades Federais para a conclusão dos nossos casos. Eu concluo, depois de toda essa vivência, que as polícias tem espaço sim para os médicos veterinários e para todas as profissões, não é porque a pessoa precisa estudar para um concurso público visando a estabilidade, que ela não vai fazer o que gosta ou trabalhar somente pelo salário. Eu sou completamente apaixonada pelo meu trabalho com animais, com o meio ambiente e com a saúde pública, gosto muito de falar sobre a nossa atuação e reforço que nós da perícia estamos cada vez mais especializados e precisando de profissionais capacitados. 

3) Há quanto tempo estuda para concursos? Quantas horas por dia você estudava?
Desde 2018, 7 anos. Mas parei após a minha aprovação no MS por uns 2 a 3 anos, então conto como 4 a 5 anos. Eu contava em horas líquidas uma média de 5 por dia. Hoje meu ritmo é até quando eu tiver uma sensação de fadiga muito grande e necessitar parar, então varia, tem dias que consigo manter até 8h líquidas, outros 3 ou 4, então varia. 

4) Qual a importância da resolução de questões na sua preparação? Como o Tec te ajudou nessa tarefa?
Não há aprovação em concurso nenhum sem resolução de questões. Pra mim o banco de questões é mais importante que os cursos preparatórios, pois é ali que você de fato verifica o seu aprendizado e progresso no contexto prático. O benefício do TEC é a facilidade na organização das pastas, o que ajuda muito na filtragem mais rigorosa de questões. O TEC tem recursos muito bons para quem gosta de fazer banco de dados também, e possibilita você pegar os IDs das questões, o que me facilitou para criar simulados realistas, nos quais eu juntava todos os IDs das questões afins ao meu edital e eu gerava uma tabela do excel com elas, podendo selecionar aleatoriamente algumas e ir incluindo na formulação de cadernos de simulado, isso foi crucial pra aperfeiçoar treino de prova, e o layout do TEC deixa isso mais rápido e prático.

5) Recado aos demais concurseiros e considerações finais.
Eu aconselho as pessoas sempre a estudar com foco no processo e não pelo resultado, porque o resultado aparece quando o processo é bem feito. Às vezes a ansiedade de passar tira o foco do que você precisa fazer no momento e gera frustração posterior. O foco é e sempre deve ser no processo.