Minha história no mundo dos concursos começou quando eu estava limpando uma TV no Magazine Luiza, meu trabalho à época, e vi uma viatura da PRF no desfile de 7 de setembro que acontecia em frente à loja. O ano era 2012. Achei aquilo surreal e já pensei, onde que deixa o curriculum? Isso mesmo que você leu, meu nível de entendimento sobre o assunto era zero. Filho de professora e vendedor, formado em escola pública, bagunceiro, perdi meu pai aos 8 anos e minha mãe precisava trabalhar em 2 empregos para sustentar a casa enquanto eu olhava minha irmã de apenas 1 aninho.
Aos 12 anos, trabalhei em um Lava jato, depois Mc Donalds, Lojas Cem, Magazine Luiza e Fiat . Foi quando percebi que, por mais que eu me esforçasse, meu salário dependeria de muitas variáveis, o que não me trazia uma estabilidade financeira. Diante desse cenário, vi que a PRF não era para mim, pelo menos naquele momento. Eu estava com 25 anos, decidi fazer uma faculdade a distância e estudar para a PM, que não exigia, à época, ensino superior. Passaram-se seis meses e nada de edital, porém tinha o concurso do Sistema Prisional de MG com as inscrições abertas, optei por fazer, deixei a PM de lado, fiz a prova e passei. No ano seguinte, saiu a PM e fiquei de fora por um ponto apenas. No ano seguinte, lá vem a prova de PM novamente, fiz e passei bem colocado, optei por não ir porque o salário do Sistema Prisional era o mesmo e a escala era 24x72 muito favorável para estudar. Fiz outras provas e levei “fumo” em quase todas.
Mas e aquele sonho de ser PRF? Não poderia ficar de lado, né? Já com o ensino superior, estudei de 2016 até 2019 e fui fazer a prova em Rondônia, passei? Passei raiva, fiquei por uma questão apenas. Continuei estudando e fiz a prova de 2021, onde fui aprovado, nas“ cabeças”? Lógico que não, posição 1300 e pouco, excedente, fiz o CFP da segunda turma e já estou com um ano e meio de PRF lotado em São Paulo. Sobre o material, meu principal foco era a resolução de questões, e é aí que entra o TEC CONCURSOS, lá eu tinha tudo muito organizado, onde analisava o que mais caia na prova, os comentários dos alunos e professores, era a minha principal ferramenta, indicava meus pontos fracos e fortes e me direcionava diariamente ao caminho da aprovação.
Sobre a história da minha vida, fiz questão de relatar alguns detalhes como “ser excedente", por exemplo, porque nesse mundo dos concursos existe a falsa ideia de que para passar em concurso tem que ser alguém “especial”, ter vida estável e cenário ideal. Isso não existe, você precisa ser determinado, resiliente, saber ter equilíbrio para manter o processo (que não é curto e nem fácil). Foram 5 anos de estudos para a PRF, tempo longo, né? Porém, eu faria tudo novamente. Peço a vocês que não desistam, descansem quando necessário, e será muitas vezes, mas não desistam, reduzam a carga horária, aumentem, se ajustem, mas NUNCA desistam de realizar um sonho.