Hugo Sá, 10ª (CN) - Analista Judiciário (TJ RJ - 2021)

1) Quais são as suas aprovações (cargos e colocação)?
Tenho algumas aprovações e muito mais reprovações. Faz parte do processo e é isso que molda o concurseiro, preparando-o para o cargo.

As que considero mais significativas para mim foram:

• PGE-RJ – Analista de Sistemas e Métodos (8º AC e 1º PP);
• TJ-RJ – Analista Judiciário - Análise de Sistemas (58º AC e 10º PP).

2) Qual sua formação e por que decidiu estudar para concursos?
Entrei em 2012 no curso de Ciência da Computação em uma faculdade pública longe de casa. Estudei por quatro períodos, mas acabei trancando.

Comecei a estudar para concursos em 2015, quando fiquei desempregado e não conseguia recolocação no mercado. No início, estudava errado, resolvendo apenas as questões das apostilas e PDFs que encontrava na internet.

Meu sonho era ser Agente da Polícia Federal, mas eu ainda não tinha concluído o ensino superior. Então, mirei no cargo de Agente Administrativo da PF, que exigia apenas nível médio. O concurso não saiu, e acabei tentando outros de nível médio, sempre com resultados frustrantes.

Foi nesse período que conheci alguns concurseiros em grupos de WhatsApp e, em uma dessas conversas, me apresentaram as ferramentas de resolução de questões. Experimentei várias, mas a que realmente me ajudou foi o TEC Concursos. O recurso que permite filtrar os tópicos mais cobrados em cada disciplina foi o que mais me conquistou.

Ainda assim, eu estava apenas engatinhando. Nesse mesmo grupo de WhatsApp, aconteceu algo que mudou minha vida. Conversei no privado com uma moça, e ela foi bem direta: disse que meu português era péssimo, que eu escrevia como um índio e que, se não estudasse, não passaria nem para merendeiro. Apesar da forma dura, foi um feedback valioso.

Percebi que ela tinha razão ao revisar minhas provas. A partir dali, me dediquei intensamente à Língua Portuguesa, e isso me levou a um trabalho como transcritor freelance para universidades e plataformas de streaming.

Em abril de 2019, fui convocado para o cargo temporário de Agente de Pesquisas e Mapeamento do IBGE, um concurso que eu havia feito em 2016! Tinha ficado em 6º lugar nas cotas. Como ganhava mais como transcritor, fiquei receoso de aceitar, mas decidi entrar para ver como era. No fim, consegui conciliar os dois trabalhos.

Aproveitei as disciplinas que já havia estudado e concluí a graduação em Gestão da Tecnologia da Informação (EAD) em 2019. Casei em 2019. Eu acreditava que daria tempo de entrar em um cargo efetivo até completar os 3 anos de temporário.

Continuei focado no concurso de Agente da PF, estudando com muita disciplina e resolvendo questões no TEC Concursos. Eu tinha três anos para conseguir outra aprovação.

Quando surgiu o concurso da Guarda de Niterói, percebi que as disciplinas eram parecidas com as da PF e que era uma boa oportunidade de me testar. Passei pelas etapas do certame – prova, TAF e psicotécnico – até chegar no exame médico, onde descobri que tenho uma doença na coluna impeditiva para cargos de segurança pública.

Foi um choque. Passei anos estudando para essa área, e tudo que aprendi – Processo Penal, Penal, Leis Extravagantes – parecia ter sido em vão.

Em 2020, o concurso do TJ-RJ reabriu as inscrições após ter sido suspenso pela pandemia. Vi ali uma nova chance. Inscrevi-me no cargo com mais vagas: Analista Judiciário - Análise de Sistemas (16 vagas). Tinha apenas quatro meses para me preparar até a prova, em 5 de dezembro, e dei o meu máximo.

Fiquei no cadastro reserva e não tinha esperanças de ser convocado, pois era o último colocado tanto na ampla concorrência quanto nas cotas.

Além disso, as transcrições que eu fazia praticamente pararam, reduzindo minha renda drasticamente.

Continuei estudando no mesmo ritmo até a prova de Analista de Sistemas da PGE-RJ, em março de 2021. Pouco depois, em abril de 2021, fui dispensado do IBGE, pois o contrato havia terminado.

Estava tranquilo, pois tinha certeza de que havia ido muito bem na PGE-RJ e seria chamado em breve. Mas as coisas não saíram como planejado.

Na véspera da posse, recebi uma ligação informando que meu diploma não seria aceito, pois o curso não estava explicitamente listado no edital.

Tentei argumentar, pois havia outros tecnólogos no edital com cursos de menor carga horária e com as mesmas disciplinas, mas não houve negociação.

Entrei com mandado de segurança, perdi. Recorri, perdi novamente.

Foi um baque. Fiquei desmotivado, triste, estudando pouco. Peguei um trabalho qualquer para pagar as contas mínimas e sobreviver.

Minha esposa foi uma grande parceira, sempre me incentivando e acreditando que uma hora daria certo.

Em outubro de 2023, veio a convocação do TJ-RJ. Um peso gigantesco saiu das minhas costas. Foi o dia mais recompensador da minha vida.

Hoje, sigo trabalhando nesse órgão maravilhoso e estudando para carreiras fiscais.

3) Há quanto tempo estuda para concursos? Quantas horas por dia você estudava?

• 2016 – Estudava tudo errado.
• 2017-2018 – Melhorei um pouco.
• 2019 em diante – Com o TEC Concursos, comecei a estudar com estratégia, mais rapidez e assertividade.

Até 2019, estudava pouco por dia. Quando fui convocado pela primeira vez, percebi que era possível e aumentei a dedicação.

Em 2020, nos quatro meses antes da prova do TJ-RJ, estudava o máximo de horas que conseguia, desde o momento em que acordava até não aguentar mais. Mantive esse ritmo até a prova da PGE-RJ.

4) Qual a importância da resolução de questões na sua preparação? Como o TEC te ajudou nessa tarefa?
O TEC foi essencial. Sem ele, eu não teria evoluído tão bem em algumas disciplinas.

A ferramenta de organização dos tópicos mais cobrados foi fundamental para que eu montasse uma estratégia eficiente.

As questões inéditas que o TEC produz estão me impulsionando de forma fora do normal! 

5) Recado aos demais concurseiros e considerações finais
Explore o TEC Concursos todos os dias. Faça dele parte da sua rotina. Resolva muitos exercícios. Se não entender um tópico, veja aulas, veja os comentários dos professores. O TEC tem tudo que você precisa, mas é essencial que você tenha disciplina e compromisso.

Reconheça suas dificuldades e trabalhe para superá-las. Resolva questões da banca do seu concurso.

E, o mais importante: NUNCA DESISTA se isso é o que você realmente quer!

Pense na sua família, na qualidade de vida que você merece, no valor que terá ao contribuir para a sociedade e no senso de pertencimento que conquistará.

Essa jornada vale a pena! Inspire-se nos depoimentos de quem já passou por essa luta e afaste-se de quem não te agrega.

Mantenha o foco, cuide da sua saúde e caminhe até a sua posse!