Emanuel Ribeiro, 167ª (AC) - Auditor Fiscal do Trabalho (MTE - 2024)

Amem os erros e cresçam nas dificuldades!

Meu nome é Emanuel (pode chamar de Manu!), sou carioca, tenho 32 anos, graduado em Administração, e concursado desde os 19 anos pela Caixa Econômica Federal. Antes de qualquer coisa, preciso deixar bem claro que eu não fui agraciado com uma inteligência natural acima da média, mas eu me permito dizer que sou muito persistente quando me proponho a fazer algo! Feita essa ressalva, trago um breve histórico das minhas recentes aprovações:

• CNU - Bloco 4 - Auditor Fiscal do Trabalho (AFT): 167º lugar;
• TSE Unificado: Analista Judiciário da Área Administrativa (AJAA TRE-RJ): 1º lugar; 
• Técnico Judiciário da Área Administrativa (TJAA TRE-SP): 8º lugar;
• TRF-6 (MG - Região Central) - Analista Judiciário da Área Administrativa (AJAA): 4º lugar;
• Técnico Judiciário da Área Administrativa (TJAA): 6º lugar; 
• TRT-12 (SC) - Técnico Judiciário da Área Administrativa (TJAA): 78º lugar.

Minha trajetória nos concursos começou quando eu tinha 19 anos e decidi estudar para o concurso de nível médio da Caixa Econômica Federal, para o cargo de Técnico Bancário. Eu estava passando por dificuldades financeiras e vi naquele concurso uma oportunidade para ter autonomia financeira e pensar em ter uma casa própria. Naquela época (2012), os estudos não eram tão profissionalizados como são hoje, de modo que consegui ser aprovado em 57º lugar estudando por 45 dias em um curso intensivo e presencial no Centro do Rio de Janeiro. Acertei 52 questões de 60.

Fui chamado para trabalhar 3 meses depois, e esse emprego público transformou a minha vida e a da minha mãe. Um ótimo salário para nível médio, fora os benefícios de alimentação/refeição, plano de saúde, participação nos lucros... Mas esse mesmo conforto, aliado à falta de um planejamento, me acomodaram. Foi só a partir de alguns problemas pessoais em 2022-2023 (após a pandemia) que eu percebi que precisava fazer uma transição na carreira para encontrar sentido no trabalho e me sentir realizado profissionalmente, então decidi voltar a estudar. 

No início de 2023, havia uma forte expectativa de o TSE Unificado sair, então comecei a construir uma base antes do edital ser publicado. Para mim, ser aprovado era mais do que um desejo, era uma necessidade para voltar a ser feliz e realizado. Então eu não poupei esforços para estudar com os melhores materiais teóricos disponíveis. Não foi perfeito, mas nem precisava ser: eu tinha (re)começado e sabia que só pararia depois de empossado. Em bom português: ser teimoso e adiar algumas recompensas foram os principais ingredientes das minhas (então) futuras aprovações. Eu não cheguei a cronometrar o tempo de estudos, mas chuto umas 5 horas líquidas diárias na semana, e umas 9 horas nos finais de semana. Isso sem contar o tempo em que eu estava ocupado com alguma atividade (supermercado, academia, passear com o cachorro, deslocamento para o trabalho) e aproveitava para revisar o que já tinha estudado ouvindo as videoaulas no celular. Era um contato constante com a matéria que, ao longo do tempo, contribuiu com aquele trabalho de formiguinha na construção do conhecimento. 

Sabe aquela trend "primeiro você começa, depois você melhora"? Pois é. Considero técnicas de estudo algo muito pessoal, mas existem algumas bases que são indispensáveis a uma boa preparação. Eu comprei o que considero ser melhor material do mercado (Estratégia Concursos), e gastava um bom tempo lendo os PDFs e assistindo às videoaulas, as quais foram fundamentais na minha preparação. Só que tinha um problema: eu não gostava de fazer questões. Fazendo uma análise bem sincera, eu acho que tinha medo de me colocar à prova e perceber que os meus esforços tentando entender os assuntos estavam sendo em vão. Eu ainda consegui ótimos resultados, mas não há nada que não possa melhorar, e eu provavelmente teria avançado de modo muito mais rápido se tivesse resolvido mais questões.

Enfim, 6 meses estudando, e nada do edital do TSE Unificado sair. Até que em julho de 2023, veio o edital do TRT-12 (SC), com um núcleo de matérias muito próximo das que eu já tinha estudado. Fiz algumas adaptações e fui fazer a prova. Consegui ficar em 78º colocado, com boas expectativas de convocação considerando o último concurso (não havia vagas imediatas, apenas cadastro de reserva). Como não havia previsão de quando chamariam, continuei estudando, mas agora para o cargo de Auditor Fiscal do Trabalho (AFT), um dos mais visados do ambicioso Concurso Nacional Unificado (CNU). Concluí que, embora o TSE Unificado também estivesse próximo de sair, estudar para um cargo parecido com o do TRT-12 não compensaria tanto, então resolvi subir o nível de preparação e estudar para AFT. Além disso, foram disponibilizadas 900 vagas imediatas, uma oportunidade única.

Foi aí que o TEC entrou: alguns amigos concursandos falaram sobre um site que oferece um banco de questões com ótimos filtros e excelentes resoluções dos exercícios: Era o TEC Concursos. Aproveitei a promoção da Black Friday em novembro de 2023 e fiz a assinatura de 1 ano. Pude perceber então a diferença que a resolução constante de exercícios faz nos estudos. Aliado à base sólida que eu pude construir em 10 meses de preparação, eu fui percebendo mais e mais não só os pontos da teoria em que as bancas mais extraíam as questões, como os assuntos em que eu tinha mais dificuldade e precisava priorizar nas revisões.

Dentro da lógica de não poupar esforços, aproveitei o lançamento do edital do CNU para contratar uma assessoria de estudos chamada "Guruja" que associava um material teórico de qualidade (Estratégia) com o melhor site de questões (TEC). Segui todo o planejamento deles combinando essas duas excelentes fontes de estudos, e a aprovação veio! É um pouco engraçado, porque sequer tinha passado pela minha cabeça estar à altura de uma prova do nível de Auditor Fiscal do Trabalho, mas a persistência e a disciplina me mostraram que é possível mesmo sem você ser um gênio.

Não bastasse a aprovação no CNU, o adiamento do TSE Unificado ainda permitiu que eu estudasse (principalmente pelas questões no TEC) e chegasse competitivo nas provas de técnico e de analista. O resultado: primeiro lugar para AJAA (TRE-RJ) e oitavo lugar para TJAA (TRE-SP). Chamo a atenção em especial para as disciplinas de Administração Geral e Gestão de pessoas que, além de beirarem o infinito por si sós, foram cobradas de forma completa no edital. Sem dúvidas, favoritar as questões que errava para refazê-las próximo da prova e estudar diretamente pelos comentários dos professores e dos colegas foram recursos valiosos do TEC que fizeram a diferença na minha preparação.

Ainda dentro do combinado que fiz comigo mesmo de só parar na posse, deu tempo de fazer a prova do TRF-6 antes do curso de formação para AFT. Consegui a quarta colocação para AJAA e a sexta para TJAA, me mostrando que os estudos são cumulativos e que é possível aproveitar grande parte do que já estudamos em provas anteriores. E, dessa forma, encerro um ciclo de quase 2 anos intensos de estudos.

Foram muitos erros, alguns acertos, muitas incertezas e inseguranças, mas em nenhum momento eu pensei em desistir. Se eu pudesse dar alguns conselhos para o Manu do passado, eu diria que errar é uma das melhores formas de se desenvolver nos estudos, desde que você consiga aprender com eles. Seja amigo dos erros e das dificuldades, porque são justamente eles que vão te ajudar a crescer e a se desafiar continuamente. Não desanime quando ficar com 55% de acertos numa bateria de questões muito difícil. Saiba que sempre haverá questões mal feitas, e nessas horas não há muito o que fazer, desapegue e siga em frente. Concurso público é relacional, e de tantas provas, você só precisa acertar uma vez um pouco mais do que outras pessoas iguais a você e pronto, você estará no serviço público, servindo a sociedade, com uma boa remuneração e estabilidade para planejar a sua vida. Se estiver realmente exausto(a), permita-se descansar, mas volte com a mesma vontade de quando você começou, e lembre-se do porquê de você estar estudando. Saiba equilibrar o estudo da teoria com a resolução de questões, os dois são igualmente fundamentais. Se possível, faça amizade com outros concursandos, eles podem ajudar muito, principalmente nos momentos mais difíceis. Ninguém consegue nada sozinho. Por fim, eu diria para não se preocupar demais com  técnicas de estudos. No fim das contas, a constância vai falar mais alto, acredite. Existem aprovados que estudam mais por pdfs, outros que estudam mais por videoaulas, e ainda há outros que estudam por flashcards (anki), e todos chegaram lá. Dentro do possível, esteja aberto ao novo, mas esteja atento também ao que funciona melhor com você. Não vai ser fácil, mas todo o esforço valerá a pena, se não desistir. Seja um pouco teimoso nesse ponto. A aprovação está logo ali!

Grande abraço,
Emanuel Ribeiro (Manu)