1) Quais são as suas aprovações (cargos e colocação)?
2) Qual sua formação e por que decidiu estudar para concursos? Fique à vontade para nos falar de sua história.
Sou Arquiteta e Urbanista, tenho 30 anos, e sempre gosto de reforçar que sou fruto das políticas públicas. Minha educação até o ensino fundamental foi em escola pública e, a partir daí, fui beneficiada por bolsas de estudo, tanto no ensino médio quanto na faculdade e no intercâmbio. A educação transformou minha vida e me fez acreditar no poder das políticas públicas e na importância de lutarmos por elas.
Trabalhei no mercado de arquitetura, mas senti que algo estava faltando. Decidi então fazer mestrado, o que ampliou minha visão e durante a pesquisa me deparei com o papel do Estado de forma muito mais intensa. Foi aí que percebi que queria fazer parte desse "Estado". Nesse período, minha participação no movimento The Economy of Francesco, com um encontro com o Papa Francisco em 2022, foi um marco importante. Ali, percebi que queria trabalhar pelo bem comum e servir ao público de forma profissional, algo que sempre fiz de maneira voluntária.
Sei que não posso mudar o mundo inteiro, mas acredito que posso fazer a diferença no meu "mundo", no que está ao meu alcance. Isso me levou a decidir prestar concursos públicos, considerando também a estabilidade e os benefícios que podem contribuir para minha família.
3) Há quanto tempo estuda para concursos? Quantas horas por dia você estudava?
Estudo para concursos desde 2022, alternando entre períodos de maior intensidade e outros de pausa. Durante a maior parte do tempo, precisei conciliar com o trabalho, então estudava cerca de 4 horas por dia e o dia inteiro aos finais de semana. Em alguns pós edital consegui reorganizar minha agenda de trabalho para me dedicar exclusivamente aos estudos por alguns meses. Nesses períodos, tratava o estudo como uma rotina de trabalho, com cerca de 8 a 9 horas de estudo por dia. Para me concentrar, costumava sair de casa e estudar em bibliotecas, para tentar manter o foco e a disciplina.
4) Qual a importância da resolução de questões na sua preparação? Como o Tec te ajudou nessa tarefa?
Para mim, a resolução de exercícios é essencial e deve ser a base da preparação. Claro que o estudo teórico é importante, mas no dia da prova enfrentamos questões, então é fundamental praticar bastante com as “regras do jogo”. Além disso, resolver exercícios nos ajuda a entender como cada banca cobra os assuntos, e as diferenças entre elas são bem marcantes. Quando estamos estudando um tema pela primeira vez, é o primeiro contato com o conteúdo; agora entender como ele será cobrado é uma dinâmica diferente.
Por isso, no pré-edital, eu fazia questões de várias bancas, mas assim que o edital saía, passava a focar na banca do concurso. Só depois de resolver todas as questões daquele assunto pela banca principal, começava a resolver questões de outras bancas semelhantes.
O TEC foi essencial durante toda a jornada. Eu utilizei tanto os cadernos pós-edital prontos quanto criei meus próprios cadernos. A plataforma é ótima, intuitiva e tem um banco de questões impressionante.
Outra ferramenta que sempre me ajudou foram os comentários dos professores e dos colegas. Também utilizei muito o recurso de favoritar questões que queria revisitar mais tarde. Além disso, montar meus cadernos de erros foi fundamental. Nas semanas finais, baseei meus estudos principalmente em refazer as questões erradas, e isso foi decisivo para as minhas aprovações.
5) Recado aos demais concurseiros e considerações finais.
O processo de estudar para concursos é desafiador, mas cada minuto investido vale a pena. A fé foi fundamental para me sustentar, independentemente da religião que você siga. Para mim, meu relacionamento com Deus foi essencial durante a preparação. Sou grata pelo que aprendi nesse processo e como cresci com todas as dificuldades,
Outro ponto importante é a saúde. No início, tentei "ganhar" tempo sacrificando a atividade física, por exemplo, mas aprendi que isso prejudica o equilíbrio. Hoje sei que é essencial cuidar do sono, alimentação e exercício físico para manter a energia e performar bem.
Além disso, aprendi a importância de equilibrar os estudos com a vida. Renúncias com certeza fazem parte, mas não podemos nos isolar completamente, pois a vida não espera.
Por fim, meu recado é: reprovações vão acontecer. Eu me dediquei muito a provas nas quais não fui aprovada, mas o que realmente diferencia um reprovado de um aprovado é a capacidade de seguir em frente. Conseguir se reerguer após as quedas não é fácil, mas é justamente nas dificuldades que aprendemos a persistir e a continuar nossa jornada, até chegarmos no momento "certo", aquele preparado para nós, que com certeza será o melhor para nossas vidas.