Olá, pessoal! Meu nome é Bruno José Santos, tenho 32 anos de idade e sou natural de Brasília. Estive na luta aí como concurseiro por muuuito tempo e, após muita dedicação e esforço, consegui obter as seguintes aprovações:
Sou formado em Ciências Contábeis e também em Gestão Pública pelo Centro Universitário de Maringá - UNICESUMAR. Atualmente, cursando uma pós-graduação em Ciências Contábeis e Auditoria Pública pelo Gran Faculdade. Estudei para concursos de 2010 até 2024 (vejam só que tempo grande, 14 anos), entre altos e baixos, a cada preparação. Minha jornada realmente foi bem demorada se você comparar com algumas histórias de outros concurseiros por aí. Mas faz parte!
Bem, eu decidi prestar concursos, pois vi que nesse ramo teria uma chance de, por mérito próprio, ganhar melhor e poder ajudar meus pais em casa financeiramente, proporcionando mais tranquilidade à nossa família. Antes disso, trabalhava em um mercado atacadista, mas era bem complicado, porque, além de não receber um salário condizente com o nível de esforço empreendido, o ambiente em si foi se tornando pouco saudável para minha mente, com o tempo, e percebi que não era aquilo que eu queria para minha vida. Além do mais, como a maioria dos estudantes, buscava a tão sonhada estabilidade no emprego, o que é uma das vantagens que a iniciativa privada dificilmente oferece.
Assim, em 2010, comecei a estudar para concursos de nível médio, aos 18 anos de idade. E claro, como boa parte das pessoas que estudam, sofri algumas reprovações no início (DPU 2010, TSE 2012 e BB 2012). Após tais resultados, em 2012, iniciei um curso presencial voltado para concursos e isso me ajudou a entender melhor como funcionava a dinâmica das provas e o que as bancas costumavam cobrar. Após alguns meses de estudo, usando os materiais do cursinho, apostilas de banca de jornal e anotações do caderno, percebi que estava melhorando. Prestei o concurso de Técnico Judiciário do TST em 2012, e até fui bem no conteúdo que havia estudado. Mas não consegui ver todas as matérias a tempo, pois me faltou melhor planejamento. Nessa época, estava tentando conciliar os estudos com o trabalho, o que se mostrou infrutífero para mim, pois chegava bastante cansado, já que saía às 5h de casa e chegava apenas 23h30, após as aulas do cursinho. Tentava estudar no tempo livre que sobrava (principalmente nas viagens de ônibus e aos domingos, em casa, único dia que não trabalhava). Eu vi que poderia passar se me dedicasse. Mas trabalhando, entendi que demoraria mais. Então, conversei com meus pais e decidi pedir demissão do emprego para me dedicar exclusivamente aos estudos, passando a contar com o auxílio deles nessa época. Isso me ajudou muito a conseguir resultados de forma mais rápida. Passando a ter os dias livres, estudava cerca de 8h a 10 líquidas por dia, e depois ia para as aulas presenciais. Sei que não é o caso da maioria, já que muitas pessoas não podem se dar ao luxo de largar seus empregos, pois tem família para cuidar. Mas decidi lutar com as armas que tinha e, de certa forma, correr esse risco (afinal, não era garantia que eu conseguiria passar). Felizmente, os resultados vieram: fiz meu primeiro concurso, após essa rotina exclusiva de estudos, e consegui passar no CR do MF, para Assistente Técnico Administrativo em 2012. Em seguida, emendei os estudos para o concurso do DNIT, conseguindo ser aprovado nas vagas, o que foi uma conquista e tanto para mim. Fiquei muito feliz, e vi que poderia dar certo!
Em 2013, a rotina mudou um pouco, pois o cursinho presencial acabou e comecei a usar outros materiais. Descobri os famosos PDFs e sites de questões, sendo que passei a estudar por essas ferramentas. Enquanto aguardava a nomeação do DNIT ou do MF, nesse meio tempo, fui reprovado nos concursos do CNJ e do TJDFT, em 2013. Era uma época boa, pois estavam saindo muitos editais. Eu pretendia estudar para o MPU, com foco no Judiciário, mas como vi que não estava me saindo tão bem em provas do Cespe, decidi mudar o rumo, e iniciei uma preparação para o concurso da ANVISA, que seria de uma outra banca (Instituto Cetro). Isso se mostrou um grande acerto, pois acabei tendo a maior conquista da minha vida naquele momento, logrando o primeiro lugar para Técnico Administrativo, cargo que ocupo até o presente momento. Em 2014, prestei meu último concurso para nível médio, para Técnico do TCDF, mas não consegui ter a discursiva corrigida.
A vida seguiu e uma nova jornada começou, em 2013, pois assumi o cargo no DNIT e passei a aliar o trabalho com o estudo novamente. Lá, atuei por 4 meses, apenas, pois fui chamado para a ANVISA, no começo de 2014. Além do mais, nesse período, iniciei minha primeira graduação, em Gestão Pública, determinado a conseguir o diploma de forma mais rápida, apenas para poder prestar concursos de nível superior. Apesar disso, acabei dando uma reduzida no ritmo de estudos para concursos, enquanto me formava, e fui viver um pouco a vida. Ao final de 2015, retomei em um ritmo mais forte e prestei meu primeiro concurso de nível superior: Analista Administrativo da ANAC. Entretanto, não obtive aprovação, pois realmente ainda não estava competitivo o suficiente e, também, falhei bastante nas preparações. A jornada que antes era só de estudos para concursos, acabou tendo de ser conciliada dessa vez com a faculdade, trabalho e relações pessoais e, como antes, não estava sendo nada fácil. Mas largar o emprego já não era uma opção agora, e mantive meus estudos, ainda que de forma mais lenta. Em 2016 ainda tentei o concurso de Analista Administrativo do TST, mas novamente não passei. Acabou também que os concursos deram uma parada (havia oportunidades fora, mas eu não tinha interesse em sair de Brasília, na época), e aproveitei para conseguir uma nova graduação, dessa vez, em Ciências Contábeis, iniciando o curso em 2017. Decidi que iria me preparar para a área fiscal, com foco no concurso de Auditor da RFB e tentei manter uma rotina de 3h diárias de estudos. Mas esse concurso não saiu tão rápido, e resolvi alterar o planejamento para outros certames. Em 2019, prestei o concurso para Auditor da SEFAZ-DF e sofri uma dura reprovação. Digo que foi dura, pois embora tenha me preparado por um ano focado nas matérias desse concurso, tirando até férias, só para estudar, meu desempenho foi tão abaixo do esperado que sequer tive a prova discursiva corrigida. Fiquei bastante triste, mas não desisti. Mudei novamente o direcionamento e decidi estudar para a prova do TCDF 2020, para o cargo de Auditor de Controle Externo. A surra foi grande, não chegando nem perto de ter discursiva corrigida. Mas como bom brasileiro, não desisti, e mantive os estudos mais uma vez.
Em 2020, passei por algumas questões pessoais que me fizeram desfocar de concursos por uns meses. Após resolvê-las, retomei firme para o concurso do TCU em 2021, que estava com boas perspectivas de edital. Como já vinha com uma base de estudos do TCDF, enxerguei como uma boa chance e resolvi me dedicar. Nesse meio tempo, mais alguns problemas pessoais apareceram para resolver, e confesso que isso bagunçou um pouco a rotina de estudos. Mas fiz o que pude, e fiquei por 5 questões de ter a discursiva corrigida. A prova ocorreu em 2022 e foi a mais difícil que já fiz em toda a vida! Foi uma batida de trave que me deixou bem chateado, mas de certa forma motivado para continuar. Apesar disso, em 2022, fiz mais quatro provas: SEFAZ-AM, para Auditor de Finanças e Controle, Senado e TJDFT, estas duas para o cargo de Contador, e também CGU, para a área de Contabilidade, já que havia me formado recentemente e poderia concorrer para essa área nesses concursos. Consegui ficar no CR da SEFAZ-AM, na posição 62, mas não tive a discursiva corrigida no Senado e no TJ, pois fiquei em cento e poucos em ambos. Na CGU fui realmente reprovado. Mas vejam vocês que, embora não tivesse passado, mantive o otimismo, pois as posições estavam melhorando gradualmente em algumas provas. Em 2022, começaram rumores fortes de grandes concursos da área fiscal e, nessa época, decidi migrar os estudos novamente, aberto dessa vez para possibilidades até mesmo em outros estados (sim eu já estava desesperado para passar em algo haha). Decidi estudar para o concurso da SEFAZ-MG e comecei minha preparação por conta própria. O resultado foi que, no final, passei para a segunda fase, mas bem longe nas posições para disputar uma vaga. Então nem fui fazer a discursiva, que seria em outra data, e resolvi voltar o foco para os concursos de controle que estavam previstos.
Confesso que nesse tempo, eu já estava bem cansado, pois vinha estudando há um longo tempo e os resultados não eram tão satisfatórios quanto eu achei que seriam. Tentava manter aí uma carga de 3 a 4h nos dias úteis e 6h nos finais de semana. Anos de estudo para concursos de nível superior e apenas um CR com várias batidas de trave, até então. Para acabar de completar, o concurso da SEFAZ-AM foi suspenso (e nesse ano de 2024, anulado), por falhas na aplicação no cargo que prestei, e o desespero começou a bater forte. Tentei entender o que poderia fazer para melhorar meus resultados e vi um pouco da história dos aprovados em concursos grandes que eu havia feito e falhado. Percebi que todos utilizavam quase os mesmos métodos de estudos, mas uma coisa me chamou a atenção: praticamente todos usavam o TEC. Eu decidi migrar de vez para cá e assinei o plano avançado, no início. Semanas depois, realizei a prova do TCM-SP. Nesse concurso caí na cláusula de barreira, ficando em 50º, após as discursivas (só 16 iriam para o curso de formação). Até fiquei satisfeito pois meu prazo de preparação foi muito curto e ainda deu para ter a discursiva corrigida. Depois dessa prova, também tive uma espécie de virada de chave, e entendi que minha vocação para estudos era a área de controle, decidindo que não iria mais mudar de área até obter aprovação em algum concurso nela. Iniciei uma nova preparação, dessa vez para o concurso da CGDF, que seria minha melhor oportunidade até então: muitas vagas e no meu Estado. Peguei firme para esse concurso, fiz muitas questões no período, resumos, leituras de grifos dos pdfs, enfim, uma preparação digna. Fiz a prova para as duas especialidades que o edital disponibilizou e o resultado foi que consegui mais duas traves hahaha (não lembro as posições, mas fiquei atrás de umas 40 a 60 a pessoas para entrar nas correções de discursiva). Nessa eu fiquei muito abalado! Passei uma semana sem estudar nada, depois dos resultados, porque não estava com ânimo depois dessa nova pancada. Foi um esforço muito grande para não ver o nome na lista. Mas coloquei os pensamentos no lugar e prossegui nos estudos para a área de controle. As perspectivas eram boas e saiu uma notícia que chamou minha atenção: o concurso da Câmara dos Deputados estava próximo. Decidi transferir meus esforços para ele, e escolhi o cargo de Técnico em Material e Patrimônio, que tinha em sua ementa matérias próximas às da área de controle. O edital saiu e eu dei o meu gás total mais uma vez. No dia antes da prova tive uma péssima noite de sono, dormindo só 2 horas (a vizinhança resolveu fazer uma festa durante a madrugada toda haha), e o resultado foi que, privado de sono, fiquei com um nervosismo muito alto nessa prova. Foi a melhor preparação que já tinha feito em um concurso de nível superior, mas acabei na posição 147 (corrigiriam 75 discursivas), e mais uma vez fiquei esgotado.
Nessa altura, eu realmente não sabia mais o que fazer. Estava usando as melhores ferramentas, estudando todos os dias, equilibrando bem a rotina de estudos, relações, trabalho e, por vezes, atividade física, mas me faltava a bendita da aprovação. Eu sentia que estava perto, e resolvi dar minha última cartada: assinei uma consultoria. A partir daí, tudo mudou para mim, pois, após começar a fazer as atividades que me foram propostas, percebi que não estava utilizando meus materiais de forma adequada, inclusive o próprio TEC. Eu aprendi a girar as matérias da maneira correta, a focar mais nas resoluções de questões e aprender como me beneficiar da plataforma de maneira ideal, por meio dos cadernos e de revisões espaçadas nas questões que errava. Não resolvia as questões apenas uma vez, mas várias vezes, no decorrer das semanas, de forma a sempre estar repetindo e revisando o conteúdo do jeito que é necessário para não esquecer. A resolução de questões com um método adequado de revisões, aliados à experiência de anos de estudo que eu já havia acumulado, fizeram meu nível evoluir para outro patamar. Nesse ponto, posso dizer que o TEC foi de extrema importância, pois com ele, eu tinha acesso aos melhores comentários de professores e dos próprios alunos, e com isso o aprendizado se tornava muito mais tranquilo do que seria se apenas ficasse revisando teorias. Além disso, as funcionalidades do site ajudaram demais a planejar as revisões (por exemplo, favoritar as questões e montar cadernos organizados com elas) e assim descobrir meus pontos fracos. Valeu muito a pena!
Nesse ano de 2024, iniciei uma preparação para o concurso da STN, para Auditor da área Contábil e de quebra me inscrevi no concurso de Auditor de Controle Externo do TCE-GO, na mesma área. Estas foram minhas duas primeiras provas após ter implementado a consultoria aos meus estudos, em conjunto com as funcionalidades do TEC, e obtive excelentes resultados, tendo conseguido a aprovação no TCE, em 2º colocado, e por muito pouco, na STN (caí pela cláusula de barreira, pois só figuraram 22 na lista e eu fiquei em 28º). No TCE, confesso que não estudei focado diretamente, mas peguei uma semana e alguns dias para ver seu conteúdo específico, fazendo muitas questões no TEC, nesse período. Então essa aprovação foi realmente uma bênção em minha vida. Na STN, acredito que só não passei por azar mesmo, porque preenchi duas questões erradas no gabarito final, o que me fez ficar em 28º (teria sido o 21º se não tivesse dado esse azar). Mas considero que fiz uma ótima prova em ambos, e nesse momento estou aliviado e muito satisfeito por finalmente ter obtido minha aprovação em um concurso de nível superior, na área que eu gostaria.
Por fim, essa foi a minha jornada de concurseiro, até então. Como recado final, para você que me leu até aqui (meu muito obrigado!), só posso dizer o seguinte: não importa quantas vezes você caia. O que define seu sucesso é a quantidade de vezes que você se levanta para continuar tentando. Afinal, para fazer dar certo, é preciso ter resiliência e fé, para aguentar todas as vezes que não der certo. Eu nunca desisti, e mesmo que não tivesse conseguido algo ainda, ainda estaria na luta até conseguir. O importante é ir ajustando o que perceber que não está adequado, buscar tudo aquilo que fizer melhorar sua preparação e manter o estudo até o dia de sua aprovação, que com certeza chegará uma hora! Desejo aqui muita força aos amigos concurseiros e mando um grande abraço ao pessoal do TEC, que foi de extrema importância para eu chegar até aqui e poder estar dando meu depoimento como aprovado. Obrigado!