1) Quais são as suas aprovações (cargos e colocação)?
2) Qual sua formação e por que decidiu estudar para concursos? Fique à vontade para nos falar de sua história.
Sou formado em Relações Internacionais (2014, UnB). Desde 2022, curso Contabilidade EAD (Unifatec-PR). Nasci no interior de SP (Americana) e vim fazer a graduação em Brasília. No ensino médio, me identificava com Geopolítica, História e Políticas Públicas. Decidi estudar para concursos, porque queria fazer a diferença no setor público. Não conhecia os cursos de Ciência Política e Gestão de Políticas Públicas. Provavelmente teria cursado um deles se os conhecesse na época.
Ao formar (final de 2013), faço a leitura que era o final de um ciclo de alta de concursos do segundo governo Lula e do primeiro mandato da Dilma. Em 2012/2013 havia provas quase todo final de semana em Brasília. A realidade foi outra de 2014/2016 até 2020. Nunca deixou de ter concursos, mas a frequência e o número de vagas eram menores. A área fiscal teve muitas oportunidades. Em 2015, ainda teve algumas provas interessantes, como TCU e APO. TCU quase tive a redação corrigida. APO me lembro de que fiquei na classificação em torno de 90º, mas cortaram perto do 60º para ficar no CR. Parecia que eu estava no caminho. Fui seguindo. O mais difícil foi estudar na pandemia. A partir de 2021, houve uma retomada de provas que eu tinha interesse e de concursos com um número maior de vagas. Ter continuado a estudar mesmo quando não havia muitas provas foi essencial para aproveitar a retomada das oportunidades.
Os primeiros concursos que fiz foram FUB 2013 e EPPG 2013. Em 2014, iniciei os estudos para o TCU, já trabalhando na FUB. Fazia outras provas, mas o foco principal era rodar o ciclo das disciplinas do TCU. Não consegui em 2015, nem em 2022. Em 2022, particularmente, o edital veio com 1/3 de TI, bem diferente do histórico. Nesse meio tempo, fiz inúmeras provas da área de gestão e controle. O foco era a área de TCs e Controladorias: TCM-GO 2015, TCE-PE 2017, TCE-PB 2018, TCDF 2021, TCE-GO 2022, etc. Eu ficava perto, mas não conseguia ficar nas vagas. É muito difícil sair da classificação 100 e chegar no top 20. É preciso lapidar os estudos com questões atualizadas e cadernos de erros. Nisso o Tec pôde ajudar muito. Nos últimos anos de estudos, eu anotava os erros e decorebas nos resumos prontos do professor para ganhar tempo. Achava importante para ter um material de revisão final no mês que antecedesse a prova. Já fiz resumos no papel no início dos estudos, mas confesso que não os utilizei muito. Era difícil atualizá-los. A legislação e jurisprudência mudam constantemente.
3) Há quanto tempo estuda para concursos? Quantas horas por dia você estudava?
Foi uma década de estudos. Sempre tentei fazer umas 3h por dia trabalhando e 5/6h por dia nas férias. A média na minha planilha deu 2,66h/dia (incluindo dias não estudados, como férias e descansos). 9700h, aproximadamente. Não acho que essa quantidade total seja parâmetro. A Nazli Setton, por exemplo, estudou 8900h em 5 anos e ficou nas primeiras colocações em todos os concursos que fez (essa informação é pública no perfil dela). Cada um vai ter o seu tempo. As minhas horas nos últimos anos de estudos valiam muito mais, qualitativamente, do que minhas horas nos anos iniciais. Em resumo, fazia médias menores sem edital, digamos 2h, e médias maiores com edital, digamos 4h. Exemplos: no TCE-PE em 2017 estudei em média 5h por dia no pós-edital; TCDF 2021 em média 4h no pós-edital; TCU/CGU 2022 em média 4h no pós-edital; e CGDF 2023 em média 3,3h no pós-edital. Entenda a sua realidade e faça o seu melhor dentro dela.
4) Qual a importância da resolução de questões na sua preparação? Como o Tec te ajudou nessa tarefa?
O Tec foi um diferencial na minha preparação. Desde que migrei para o Tec, percebi que a qualidade do meu tempo de estudo com questões melhorou. Alguns motivos: 1) comentários de qualidade (alunos e professores); 2) cadernos pós-edital e filtros precisos (o que mais me cativava); 3) estatística de cobrança bem segmentada por temas. As questões dos PDFs são a base, mas avançar em um site de questões permite a você ter contato com as questões mais recentes da banca, as quais geralmente se repetem nas provas de um mesmo ano ou de anos próximos. Além disso, geralmente as questões do PDF vão refletir o conteúdo da aula, pois há certo viés de seleção.
5) Recado aos demais concurseiros e considerações finais.
Foque em uma área de estudos (controle, fiscal, etc.), mas não fecha a mente para uma única prova. Na minha trajetória, eu não escolhi o concurso, o concurso que me escolheu: fui acumulando bagagem até que uma hora comecei a ser aprovado, não necessariamente no seu objetivo inicial.
Não compare sua trajetória com a dos outros. Cada um tem seu tempo para conquistar o que deseja. São muitas variáveis: 1) dificuldade do concurso escolhido e sua frequência; 2) fase da economia (que reflete na disponibilidade de provas); 3) bagagem de vida de cada um (ensino médio, graduação e trabalho); 4) disponibilidade de tempo para estudo.
Foque no processo: sua meta diária, mantendo uma constância. Faça uma atividade física frequente. Se tiver interesse, medite. Reserve um tempo para estar com quem você ama (amigos e família) nessa caminhada. São sua base.
Fique bom em matemática. Será um diferencial quando você estiver chegando perto das vagas. Recomendo o Prof. Guilherme Neves (até tinha cupom de desconto para o Tec quando eu era aluno dele).
Por fim, há literaturas que argumentam que o esforço supera a facilidade de aprendizado. Nesse sentido, sugestão de leitura: "Mindset: A Nova Psicologia do Sucesso" (Carol Dweck). Já sobre aprendizagem, sugiro "Fixe o Conhecimento: A Ciência da Aprendizagem Bem-Sucedida" (Peter C. Brown, Henry L. Roediger III e Mark A. McDaniel).