Meu nome é Beatriz Andrade, tenho 23 anos e sou de Fortaleza, Ceará. Conheci o mundo dos concursos em 2017, no final do ensino médio, pois encontrei nos estudos uma esperança de ter uma vida melhor e mais estável. Sou de uma família humilde, estudei a vida inteira em escola pública e enfrentei, assim como a maioria dos concurseiros, muitas dificuldades durante a minha trajetória até a aprovação.
Comecei a estudar especificamente para o cargo de delegado um pouco antes de terminar a faculdade, no final de 2021, mas, antes da virada de chave que me fez focar no cargo, eu já havia formado uma base sólida que me auxiliou na obtenção da aprovação.
Como citado anteriormente, iniciei no mundo dos concursos em 2017, ainda com 17 anos e no final do ensino médio, já tendo o sonho de ser delegada, porém reconhecendo que, para alcançá-lo, ainda teria um longo caminho a percorrer e uma enorme “bagagem” de estudos a ser formada, então, naquele momento, limitava-me a estudar para concursos que eu julgava ser correspondentes ao meu então atual nível de conhecimento. Por um lado, estava certa de reconhecer que eu ainda teria muito o que aprender, tendo em vista que não tive acesso ao ensino privado e estudei a vida inteira em escolas com condições deficitárias (não que o estudo em colégio privado seja garantia de aprovação, pois o caminho é árduo para todos), mas, para piorar, não fui uma aluna nada estudiosa nessa época (kkkk).
Na primeira vez que sentei para estudar para concurso, tomei um banho de água fria e tive a impressão de que aquilo não era para mim e que eu jamais conseguiria entender o que eu estava lendo (a matéria da vez era português e a questão que me assustou foi uma que cobrava conhecimentos sobre dígrafo e, pasme, excelência, eu não sabia o que era isso).
Apesar da dificuldade inicial, eu insisti e, ainda em 2017, fui aprovada no meu primeiro concurso, tendo assumido o cargo em março de 2018, já com 18 anos. Ah, então você permaneceu estudando desde 2018 até conseguir ser aprovada no cargo de delegada? Quem me dera. Cometi o mesmo erro que todos os concurseiros que eu já conheci até hoje: parei de estudar assim que entrei em exercício. E assim (sem estudar) me mantive durante quase 4 longos anos.
Nesse período, não fiquei completamente parada, pois alguns lançamentos de editais me faziam tentar voltar aos eixos, mas nunca permanecia, não conseguia completar sequer 1 mês de estudos, pois me sentia completamente consumida pela rotina intensa de trabalho durante o dia e faculdade no período da noite. Essa fase, por sinal, foi muito complexa e exaustiva, eu morava bem longe do trabalho, saia de casa e entrava no ônibus às 6 da manhã e só chegava lá às 8. No final do expediente (17 horas), saia do trabalho direto para a faculdade (e acabava faltando bastante, por conta do cansaço).
Para não me prolongar ainda mais, vou ao que interessa: a aprovação para delegado. Então, o ano de 2021 foi complicado e decisivo para mim. Eu estava infeliz no trabalho, insatisfeita e decepcionada comigo mesma, pois eu já estava perto de completar 4 anos no meu primeiro concurso e tinha a impressão de que, se eu não tomasse uma atitude, aquela infelicidade se transformaria em acomodação e eu permaneceria ali definitivamente.
Foi então que eu soube do edital de delegado da Paraíba e decidi que iria focar nele. Comecei a estudar com esse objetivo e, nesse ínterim, havia boatos do lançamento do edital do Amazonas (que era o que eu mais desejava), mas eu acreditava que não estava pronta, então decidi continuar focando apenas no da Paraíba, já que havia data para a prova.
Estudei muita coisa do zero, mas o tempo para a prova era bastante curto, então tive que optar por estudar mais alguns assuntos e negligenciei bastante outros, principalmente a peça processual, com a qual eu nunca tinha tido contato anterior e nem haveria tempo hábil para esmiuçar.
A minha rotina de estudos era bastante extenuante, eu abdiquei de todos os meus momentos de lazer e de tudo o que eu considerava como distração (sou muito “8 ou 80” e essa é a forma que funciona para mim). Mais próximo da prova, exclui as redes sociais e limitei muito o uso do celular, habilitei a ferramenta de controle de tempo de uso do smartphone, até mesmo para o WhatsApp.
Eu estudava todos os dias, porém não tinha um método de estudo específico (acredito que isso é muito subjetivo), eu fazia aquilo que eu acreditava que estava faltando, quer fosse leitura de pdf, mais questões, mais jurisprudência. Essa última, inclusive, foi um diferencial para alavancar meu desempenho nas provas.
Nessa jornada, algumas plataformas foram indispensáveis para a minha aprovação, sendo que o Tec Concursos foi um diferencial e tanto para alavancar o meu desempenho. O fato de a plataforma disponibilizar todo o edital, dividido por tópicos, trazendo resumos sobre cada um deles e, após, questões relacionadas ao tema, auxiliou sobremaneira na otimização do meu tempo , o que, sem dúvidas, foi primordial para que eu obtivesse a aprovação em um prazo relativamente curto.
Enquanto eu estudava para a prova da PCPB, o edital do Amazonas saiu, porém eu dispunha apenas de pouco mais de 1 mês de uma prova para a outra. Passei a estudar ainda mais e me dediquei 101% ao meu objetivo. Não deu outra, fui aprovada no cargo dos meus sonhos.
Se eu puder dar um conselho, que é clichê, eu sei, mas é o mais verdadeiro, esse é: não desista! Não permita que interesses alheios se sobreponham ao seu, aprenda a dizer não para pessoas/coisas que atrapalham seu objetivo. Ninguém vai fazer isso por você. Não se martirize por se afastar de ambientes ou pessoas que te distanciam dos seus objetivos, pois quem tem de ficar, vai ficar. Vai valer a pena.