Ou seja, para
negar uma proposição composta pelo "e", nós fazemos assim:
- negamos a primeira parcela (vejam que
deu lugar a
) - negamos a segunda parcela (vejam que
deu lugar a
) - trocamos o conectivo por "ou"
Exemplo com palavras:
Quero negar a seguinte proposição:
| Pedro vai ao cinema e Adriana fica em casa. |
Como fazer?
| Nega primeira parcela: Pedro não vai ao cinema
Nega a segunda parcela: Adriana não fica em casa.
Troca o conectivo por "ou"
|
Resultado
| Pedro não vai ao cinema ou Adriana não fica em casa.
|
Onde é que o concurseiro geralmente erra?
Ele erra ao pensar que

é equivalente a

.
Isso não é correto. Na verdade, em relação a essas duas proposições acima, uma é a negação da outra. Elas têm tabelas verdade opostas (e não iguais).
O grande detalhe é que a equivalência que existe é entre:
- a negação de "p e q"
- "não p" ou "não q"
Vejam:


| Não são equivalentes
|


| São equivalentes
|
2ª equivalência: 
Aqui é bem parecido com a equivalência anterior. Para negar uma proposição composta pelo "ou", nós fazemos assim:
- negamos a primeira parcela
- negamos a segunda parcela
- trocamos o conectivo por "e"
Exemplo com palavras:
Quero negar a seguinte proposição
| Gustavo estuda ou Cláudia trabalha
|
Como fazer?
| Nega a primeira parcela: Gustavo não estuda
Nega a segunda parcela: Cláudia não trabalha.
Troca o conectivo por "e"
|
Resultado
| Gustavo não estuda e Cláudia não trabalha
|
3ª equivalência:

Em um condicional, podemos trocar a ordem das parcelas, desde que façamos as negações.
Exemplo com palavras:
Proposição original
| Se beber, então não dirija.
|
Como fazer a equivalência?
| Nega a primeira parcela: Não beba
Nega a segunda parcela: dirija
Inverte a ordem
|
Resultado
| Se dirigir, então não beba.
|
Na verdade este exemplo acima não é lá muito preciso, porque temos ordens para não dirigir e para não beber. Não teríamos proposições. Mas deixemos isso de lado, afinal, a propaganda da TV é ótima para lembrarmos da equivalência.
4ª equivalência: 
Podemos trocar um condicional por um "ou". Basta negar a primeira parcela e manter a segunda.
Exemplo com palavras:
Proposição original
| Se ganho um aumento, então compro um carro novo.
|
Como fazer a equivalência?
| Nega a primeira parcela: Não ganho um aumento.
Mantém a segunda parcela: Compro um carro novo
Troca o conectivo por "ou"
|
Resultado
| Não ganho um aumento ou compro um carro novo.
|
Juntando as equivalências 2 e 4 acima, é possível construir outra: 
. Mas esta faz tempo que a Esaf não cobra.
Nas mais recentes provas da Esaf, ela tem cobrado equivalências envolvendo bicondicionais.
Foram as seguintes:
A primeira equivalência nos diz que, se negarmos as duas parcelas do bicondicional, obtemos uma proposição equivalente.
A segunda nos diz que podemos trocar um bicondicional por dois condicionais, unidos pelo "e".
Exemplos:
Equivalência em símbolos
| Equivalência em palavras
|
 | 1) Eu vou comprar um carro novo se, e somente se, eu receber
um aumento.
2) Eu não vou comprar um carro novo se, e somente se, eu não
receber um aumento. |
 |
1) Eu vou
comprar um carro novo se, e somente se, eu receber um aumento.
2) Se eu
receber um aumento então eu vou comprar um carro novo, e se eu comprar um carro
novo, então é porque eu recebi um aumento
|
Vamos praticar!Vá na seção
"Cadernos direcionados" e faça o caderno que montei para você. Ele contém 14 questões só de equivalências lógicas, só de ESAF. O caderno se chama "
RLQ p/ Receita 01 - Equivalências Lógicas"