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Estude com questões de Matemática: operações básicas

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Quer acelerar seus resultados, estudando com questões de Matemática, operações básicas, de uma forma diferente, mas com eficácia comprovada?

Nas próximas linhas você terá acesso a um conteúdo exclusivo do Tec Concursos. Bons estudos!

Questões de Matemática: teoria

Operações básicas é um conteúdo de Matemática cobrado em grande parte dos concursos públicos no Brasil. Pensando nisso, o professor Vítor Menezes preparou um material explicativo para intensificar seus estudos.

Não esqueça de praticar o que aprendeu com questões inéditas sobre o tema, combinado?

Operações básicas: introdução

As quatro operações básicas são: adição, subtração, multiplicação e divisão. Não vamos ensinar neste material como se faz uma adição, uma subtração, ou qualquer outra operação, pois estes são conceitos corriqueiros, que já trazemos desde o ensino fundamental.

Vamos aproveitar a oportunidade para:

  • rever alguns termos que porventura possam ter sido esquecidos; e
  • detalhar algumas situações em que os candidatos costumam errar.

Operações básicas: adição

Exemplo: 2+3=5

Dizemos que "2" e "3" são as parcelas, e "5" é a soma ou o total.

A operação de adição apresenta algumas propriedades:

  • comutatividade: a ordem das parcelas não altera o resultado. Exemplo: 2+3=3+2=5
  • associatividade: o agrupamento das parcelas não altera o resultado. Exemplo: (2+3)+4=2+(3+4)
  • elemento neutro: existe um elemento, chamado de elemento neutro, que, somado a qualquer outra parcela, não altera o resultado. No caso da adição, o elemento neutro é o número 0. Observem: 3+0=3
  • fechamento: a soma de dois números naturais será sempre um número natural. A soma de dois números inteiros resultará sempre em um número inteiro. A soma de dois números reais resultará sempre em um número real.

Não localizei questões cobrando estes termos acima.

As questões geralmente cobram a própria operação de adição, como é o caso do exemplo abaixo.

(Fundação Carlos Chagas)

No esquema abaixo tem-se o algoritmo da adição de dois números naturais, em que alguns algarismos foram substituídos pelas letras A, B, C, D e E.

\begin{array} {rrrrrr} \, & A & 1 & 4 & B & 6 \\ + & 1 & 0 & C & 8 & D \\ \hline \, & 6 & E & 8 & 6 & 5 \end{array}

Determinando-se corretamente o valor dessas letras, então, A + B - C + D - E  é igual a

a) 25

b) 19

c) 17

d) 10

e) 7

Resolução:

Vamos iniciar a análise com o algarismo das unidades. Note que a soma 6 + D deve ser igual a 15, para que o algarismo das unidades da soma seja 5.

 

\begin{array} {rrrrrr} \, & A & 1 & 4 & B & \color{red} 6 \\ + & 1 & 0 & C & 8 & \color{red} D \\ \hline \, & 6 & E & 8 & 6 & \color{red}5 \end{array}

Logo:

6+D=15

 

D=9

Nas unidades temos a soma: 6+9=15. Como o resultado é 15, anotamos a unidade 5 e "subimos" a dezena 1.

\begin{array} {rrrrrr} \, & A & 1 & 4 & \overset{\color{red}{+1}}B & 6 \\ + & 1 & 0 & C & 8 & 9 \\ \hline \, & 6 & E & 8 & 6 & 5 \end{array}

Agora vamos para as dezenas. A soma 1+B+8 deve ser igual a 16, para que o algarismo das dezenas do resultado seja 6.

\begin{array} {rrrrrr} \, & A & 1 & 4 & \overset{\color{red}{+1}} {\color{red}B} & 6 \\ + & 1 & 0 & C & \color{red}8 & 9 \\ \hline \, & 6 & E & 8 & \color{red}6 & 5 \end{array}

Logo:

1+B+8=16

 

B=16-8-1\to B=7

Então substituímos B por 7 e subimos 1 para as centenas:

\begin{array} {rrrrrr} \, & A & 1 & \overset{+1}4 & \overset{+1} 7 & 6 \\ + & 1 & 0 & C & 8 & 9 \\ \hline \, & 6 & E & 8 & 6 & 5 \end{array}

Agora vamos para as centenas. A soma 1+4+C deve ser igual a 8.

\begin{array} {rrrrrr} \, & A & 1 & \overset{\color{red}{+1}}{\color{red}4} & \overset{+1} 7 & 6 \\ + & 1 & 0 & \color{red}C & 8 & 9 \\ \hline \, & 6 & E & \color{red} 8 & 6 & 5 \end{array}

 

1+4+C = 8\to C=3

Então substituímos C por 3:

\begin{array} {rrrrrr} \, & A & 1 & \overset{+1}4 & \overset{+1} 7 & 6 \\ + & 1 & 0 & 3 & 8 & 9 \\ \hline \, & 6 & E & 8 & 6 & 5 \end{array}

Vamos agora para as unidades de milhar. A soma 1+0 é igual a E.

\begin{array} {rrrrrr} \, & A & \color{red}1 & \overset{+1}4 & \overset{+1} 7 & 6 \\ + & 1 & \color{red} 0 & 3 & 8 & 9 \\ \hline \, & 6 & \color{red}E & 8 & 6 & 5 \end{array}

Portanto:

1+0=E

 

E=1

Substituímos E por 1.

\begin{array} {rrrrrr} \, & A & 1 & \overset{+1}4 & \overset{+1} 7 & 6 \\ + & 1 & 0 & 3 & 8 & 9 \\ \hline \, & 6 & 1 & 8 & 6 & 5 \end{array}

 

Finalmente, vamos para as dezenas de milhar. Temos a soma A + 1 = 6.

 

\begin{array} {rrrrrr} \, & \color{red}A & 1 & \overset{+1}4 & \overset{+1} 7 & 6 \\ + & \color{red} 1 & 0 & 3 & 8 & 9 \\ \hline \, & \color{red} 6 & 1 & 8 & 6 & 5 \end{array}

Portanto:

A+1=6

 

A=5

Agora que encontramos todos os números podemos fazer a conta pedida pela questão.

A+B-C+D-E = 5 + 7 - 3 + 9 - 1

 

=12-3+9-1

 

=9+9-1

 

=17

Resposta: C

Veja outro exemplo!

(Fundação Carlos Chagas)

Zeus é um aficcionado em matemática, pois quando lhe perguntaram sobre sua idade, ele respondeu: “Para saber a minha idade você deve decifrar o criptograma aritmético seguinte, que corresponde, de modo codificado, à adição de dois números naturais. Decifrado o criptograma, a minha idade é igual à soma dos algarismos que correspondem às letras da palavra FISCO

\begin{array}{rrrrrr} \, & F & O & S & S & O \\ + & F & O & S & S & O \\ \hline \, & C & I & S & C & O \end{array}

Considerando que letras distintas correspondem a algarismos distintos, quantos anos tem Zeus?

a) 25   

b) 24   

c) 30   

d) 22  

e) 28

Resolução:

Vamos nos concentrar no algarismo das unidades.

A unidade da primeira parcela é “O”. A unidade da segunda parcela é “O”.

Somando estas duas unidades, obtemos um número cuja unidade também é “O”.

O único caso em que isso ocorre é:

0+0=0

Portanto, O=0. Vou substituir "O" por 0:

\begin{array}{rrrrrr} \, & F & 0 & S & S & 0 \\ + & F & 0 & S & S & 0 \\ \hline \, & C & I & S & C & 0 \end{array}

Vamos agora focar no algarismo das dezenas.

\begin{array}{rrrrrr} \, & F & 0 & S & \color{red}S & 0 \\ + & F & 0 & S & \color{red} S & 0 \\ \hline \, & C & I & S & \color{red} C & 0 \end{array}

S mais S resulta em um número cuja unidade é C.

Somar um número com ele próprio é o mesmo que multiplicar por 2.

Desta forma, o resultado é um número par.

Concluímos que C é par.

Como o algarismo 0 já foi usado (descobrimos que O = 0), então:

C = 2, 4, 6 ou 8

Vamos agora para o algarismo das centenas.

\begin{array}{rrrrrr} \, & F & 0 & \color{red} S & S & 0 \\ + & F & 0 & \color{red} S & S & 0 \\ \hline \, & C & I & \color{red} S & C & 0 \end{array}

S somado com S está dando um número cuja unidade é S.

Mas como pode acontecer isso? Já vimos que S mais S resulta em unidade C.

Para os resultados serem diferentes, é porque as somas em questão são diferentes.

Conclusão: S mais S é maior ou igual a 10.

Isto faz com que, no primeiro caso, tenhamos: S+S = 1C.

Daí, anotamos a unidade (=C) e “subimos” a dezena 1.

\begin{array}{rrrrrr} \, & F & 0 & \overset {+1}S & S & 0 \\ + & F & 0 & S & S & 0 \\ \hline \, & C & I & S & C & 0 \end{array}

No segundo caso, na verdade, temos S + S + 1, que resulta em um número cuja unidade é S.

\begin{array}{rrrrrr} \, & F & 0 & \overset {\color{red}{+1}}{\color{red}S} & S & 0 \\ + & F & 0 & \color{red}S & S & 0 \\ \hline \, & C & I & \color{red}S & C & 0 \end{array}

Então procuramos um algarismo tal que S + S + 1 tem unidade S.

Se você testar, verá que o único algarismo possível é 9.

9 + 9 + 1 = 19 (note que 19 tem unidade 9).

Logo:

S=9

Substituindo S por 9:

\begin{array}{rrrrrr} \, & F & 0 & \overset {+1}9 & 9 & 0 \\ + & F & 0 & 9 & 9 & 0 \\ \hline \, & C & I & 9 & C & 0 \end{array}

Com isso, já sabemos que C = 8. Isto porque 9 + 9 dá 18. Anotamos o a unidade 8 e subimos a dezena 1.

\begin{array}{rrrrrr} \, & F & 0 & \overset {\color{red}{+1}}{\color{red}9} & 9 & 0 \\ + & F & 0 & \color{red}9 & 9 & 0 \\ \hline \, & 8 & I & \color{red}9 & 8 & 0 \end{array}

Vamos nos concentrar na centena, conforme destaque em vermelho acima.

9 mais 9 dá 18. Somamos ainda a dezena 1, que subiu. O resultado é 19, o que faz com que subamos 1 para as unidades de milhar.

\begin{array}{rrrrrr} \, & F & \overset{+1} 0 & \overset {+1}9 & 9 & 0 \\ + & F & 0 & 9 & 9 & 0 \\ \hline \, & 8 & I & 9 & 8 & 0 \end{array}

Anotamos a unidade 9 e subimos a dezena 1.

Vamos para as unidades de milhar.

Temos 0 mais 0, que dá 0. Somando com o 1 que subiu, temos 1.

\begin{array}{rrrrrr} \, & F & \overset{\color{red}{+1}}{\color{red} 0} & \overset {+1}9 & 9 & 0 \\ + & F & \color{red}0 & 9 & 9 & 0 \\ \hline \, & 8 & \color{red}I & 9 & 8 & 0 \end{array}

Conclusão:

I=1

Ficamos com:

\begin{array}{rrrrrr} \, & \color{red} F & \overset{+1}0 & \overset {+1}9 & 9 & 0 \\ + & \color{red} F & 0 & 9 & 9 & 0 \\ \hline \, & \color{red} 8 & 1 & 9 & 8 & 0 \end{array}

 

Finalmente, F + F = 8. Logo, F = 4.

Portanto:

\begin{array}{rrrrrr} \, & 4 & \overset{+1}0 & \overset {+1}9 & 9 & 0 \\ + & 4 & 0 & 9 & 9 & 0 \\ \hline \, & 8 & 1 & 9 & 8 & 0 \end{array}

Com isso FISCO corresponde a: 41.980.

A soma dos algarismos é:

4+1+9+8+0=22

Gabarito: D

Operações básicas: subtração

Exemplo: 5-3=2

Acima, 5 é o minuendo, 3 é o subtraendo e 2 é a diferença ou resto.

Propriedades:

  • fechamento: a diferença entre dois números reais será sempre um número real. A diferença entre dois números inteiros será sempre um número inteiro.

A operação de subtração NÃO apresenta as seguintes propriedades:

  • elemento neutro: na subtração não temos elemento neutro, pois não há um número "a" tal que, para qualquer "b", b-a=a-b=b
  • comutativa: contraexemplo:

5-2 \ne 2-5

  • associativa: contraexemplo:

(5-3)-1=1

5-(3-1)=3

Portanto: (5-3)-1 \ne 5-(3-1)

  • fechamento para o conjunto dos naturais. Contraexemplo: 2-3=-1, que não é número natural.

Exemplo de questão de prova:

(Fundação Carlos Chagas)

Dois números inteiros positivos x e y têm, cada um, 5 algarismos distintos entre si. Considerando que x e y não têm algarismos comuns e x > y, o menor valor que pode ser obtido para a diferença x − y é:

(A) 257.

(B) 256.

(C) 249.

(D) 247.

(E) 246.

Resolução:

Vamos dar nomes aos algarismos dos dois números:

X = ab.cde

Y = fg.hij

Queremos fazer:

ab.cdefg.hij = ?

O primeiro número deve ser maior que o segundo (logo, a > f).

Queremos minimizar esta diferença.

Portanto, os dígitos a e f devem ser números consecutivos (2 e 1; ou 3 e 2; ou 4 e 3; e assim por diante). Com isso, minimizaremos a diferença entre as dezenas de milhar, e os dois números serão próximos.

Já tendo garantido que o primeiro número será maior, agora nossa estratégia será a seguinte.

Para os demais algarismos, faremos com que os dígitos de Y sejam muito maiores que os dígitos correspondentes em X. Isto fará com que a diferença X – Y seja pequena.

Para melhor compreensão, observem o seguinte exemplo, com números menores:

20-19=1

Notem que o primeiro número é maior, pois, analisando-se só os primeiros dígitos de cada número, temos que 2 > 1.

Mas a diferença entre ambos é pequena. Isto porque a unidade do segundo número foi muito maior que a do primeiro número (9 > 1).

No nosso caso, vamos tentar fazer algo semelhante.

O dígito g deve ser bem maior que b. Quanto maior esta diferença, melhor.

Esta diferença será a maior possível se b = 0 e g = 9.

a0.cdef9.hij

Adotando esta mesma tática para os dígitos seguintes, temos que h = 8 e c = 1.

a0.1def9.8ij

E o raciocínio prossegue para os demais dígitos.

a0.123 – f9.876

Os únicos dígitos ainda não utilizados foram 4 e 5. Só podemos colocar estes dígitos no lugar de f e a.

50.123 – 49.876 = 247

Gabarito: D

Operações básicas: multiplicação

Agora o conteúdo escrito:

Exemplo: 2 \times 3 = 6

2 e 3 são os fatores, e 6 é o produto.

Propriedades:

  • comutatividade. A ordem dos fatores não altera o produto: 2 \times 3 = 3 \times 2
  • associatividade. O agrupamento dos fatores não altera o produto: (2 \times 3) \times 4 = 2 \times (3 \times 4)
  • propriedade distributiva. Essa é melhor exemplificar do que por em palavras:

a \times (b+c)=a \times b+ a \times c

  • elemento neutro. O número "1" é o elemento neutro da multiplicação, pois, para qualquer número n, temos 1 \times n = n \times 1 = n
  • fechamento. O produto de dois números reais é sempre um número real. O produto de dois inteiros é sempre inteiro. O produto de dois números naturais é sempre natural.

Exemplo de questão:

(Fundação Carlos Chagas)

Dado um número inteiro e positivo N, chama-se persistência de N a quantidade de etapas que são necessárias para que, através de uma sequência de operações preestabelecidas efetuadas a partir de N, seja obtido um número de apenas um dígito. O exemplo seguinte mostra que a persistência do número 7 191 é 3:

Com base na definição e no exemplo dados, é correto afirmar que a persistência do número 8 464 é

(A) menor que 4.

(B) 4

(C) 5

(D) 6

(E) maior que 6.

Resolução:

Primeiro multiplicamos os algarismos do número 8.464:

8 \times 4 \times 6 \times 4=768

Esta foi a primeira etapa.

Agora multiplicamos os algarismos de 768:

7 \times 6 \times 8=336

Esta foi a segunda etapa.

Dando sequencia, multiplicamos os algarismos de 336:

3 \times 3 \times 6= 54

Esta foi a terceira etapa.

Em seguida, temos:

5 \times 4=20

Que é a quarta etapa.

Por fim, na quinta etapa, temos:

2 \times 0 = 0

Foram necessárias cinco etapas para chegarmos a um número de um dígito. A persistência é igual a 5.

Gabarito: C

Mais outra questão:

(Fundação Getúlio Vargas)

Na operação de multiplicação abaixo, cada letra representa um algarismo.

\begin{array} {rrrr} 1 & A & B & C \\ \, & \, & \times & 3 \\ \hline A & B & C & 4 \end{array}

O valor de A + B + C é:

a) 10

b) 11

c) 12

d) 13

e) 14

Resolução:

\begin{array} {rrrr} 1 & A & B & C \\ \, & \, & \times & 3 \\ \hline A & B & C & 4 \end{array}

"C" vezes 3 termina em 4. Logo, C só pode ser igual a 8 (pois 3 x 8 = 24, que termina em 4).

C = 8

 

\begin{array} {rrrr} 1 & A & B & 8 \\ \, & \, & \times & 3 \\ \hline A & B & 8 & 4 \end{array}

8 vezes 3 dá 24. A gente anota o resultado 4 e sobe "2".

\begin{array} {rrrr} 1 & A & \overset {\color{red} {+2}} B & 8 \\ \, & \, & \times & 3 \\ \hline A & B & 8 & 4 \end{array}

3 multiplicado por B, somado com 2, tem um resultado que termina em 8. Assim, 3 multiplicado por B termina em 8 - 2 = 6. Assim, B só pode ser 2 (pois 3 x 2 = 6).

\begin{array} {rrrr} 1 & A & \overset {\color{red} {+2}} 2 & 8 \\ \, & \, & \times & 3 \\ \hline A & 2 & 8 & 4 \end{array}

3 vezes A termina em 2. Assim, A só pode ser igual a 4 (pois 3 \times 4 = 12).

\begin{array} {rrrr} 1 & 4 & 2 & 8 \\ \, & \, & \times & 3 \\ \hline 4 & 2 & 8 & 4 \end{array}

 

A + B + C = 4 + 2 + 8 = 14

Resposta: E

Operações básicas: divisão

Exemplo:

\begin{array} {rc} 13 & | \underline{\, \, \, \, 4 \, \, \, \, \, } \\ 1 & 3 \end{array}

Acima indicamos que a divisão de 13 por 4 dá um resultado igual a 3, com resto 1.

Nomes de cada termo:

  • 13: dividendo
  • 4: divisor
  • 3: quociente
  • 1: resto

Esta forma esquemática de representar a divisão nos permite ver a relação entre cada termo acima. Assim:

13=4 \times 3+1

 

\mathrm {dividendo = divisor \times quociente + resto}

Exemplo: vamos dividir 85 por 4.

Começamos a divisão.

Dividimos 8 por 4. O resultado é 2.

\begin{array} {rc} 85 &  | \underline{\, \, \, \, 4 \, \, \, \, \, } \\  \,  & 2 \end{array}

Duas vezes quatro é 8.


\begin{array} {rc} 85 & | \underline{\, \, \, \, 4 \, \, \, \, \, } \\  8 \phantom{5} & 2 \end{array}

Subtraímos 8 de 8, o que dá zero.

\begin{array} {rc} 85 & | \underline{\, \, \, \, 4 \, \, \, \, \, } \\  \underline {8 \phantom{5} } & 2 \\  0 \phantom{5} & \,  \end{array}

A divisão acabou?

Não, ainda não, pois podemos "descer" o algarismo 5.

\begin{array} {rc} 85 & | \underline{\, \, \, \, 4 \, \, \, \, \, } \\  \underline {8 \phantom{5} } & 2 \\  0 5 & \,  \end{array}

05 dividido por 4 dá 1.

\begin{array} {rc} 85 & | \underline{\, \, \, \, 4 \, \, \, \, \, } \\ \underline {8 \phantom{5} } & 21 \\ 0 5 & \, \\ \underline {04} & \, \\ 01 & \,  \end{array}

1 vezes 4 dá 4. Em seguida fazemos a subtração 5 - 4 = 1

Agora não temos mais algarismos para "descer". A divisão acabou.

Portanto:

  • dividendo = 85
  • divisor = 4
  • quociente = 21
  • resto = 1

Vejam que:

\mathrm {dividendo = divisor \times quociente + resto}

85=4\times 21+1

Agora quero chamar a atenção para detalhes importantes, que estão relacionados aos erros mais comuns na operação de divisão.

1º) O resto é sempre menor que o divisor.

Se obtivéssemos um resto maior que o divisor, é porque erramos a divisão. A divisão não terminou.

Exemplo: 25 dividido por 6.

Poderíamos dizer que o quociente é 3, e que o resto é 7, assim:

25=6 \times 3+7

 

\mathrm {dividendo = divisor \times quociente + resto}

Mas isso está completamente errado! Apesar de a equação ser verdadeira, ou seja, apesar de realmente 25 ser igual a 6 x 3 + 7, a nossa divisão está errada.

A ideia da divisão é nos dizer quantas vezes um número "cabe" dentro do outro.

O número 6 cabe quatro vezes dentro do 25.

Basta imaginar que temos réguas pequenas, coloridas, de 6 cm. E uma régua grande, preta, de 25 cm.

Se disséssemos que 25 dividido por 6 dá apenas 3, estamos dizendo que conseguimos emparelhar apenas 3 réguas pequenas:

Acima temos as réguas coloridas de 6 cm (amarelo, verde e vermelho) e a régua preta grande, de 25 cm.

Mas isto é falso. Nosso resto ficou tão grandão que lá cabe mais uma régua. Na verdade, o certo seria:

Conseguimos emparelhar 4 réguas pequenas, por isso 25 por 6 dá 4. E o resto é pequeno, de tal modo que lá não cabe mais uma régua sequer. Lá não cabe mais um pedaço com 6 cm. O resto é menor que o divisor.

2) Os restos parciais também são menores que o divisor.

Quando dividimos 85 por 4, nós iniciamos fazendo a divisão de 8 por 4. Ou seja, fizemos uma divisão por partes: iniciamos só com a dezena, depois partimos para a unidade.

A cada parte, obtemos um "resto parcial". Exemplificando, no início da divisão tivemos:

\begin{array} {rc} 85 & | \underline{\, \, \, \, 4 \, \, \, \, \, } \\  8 \phantom{5} & 2 \end{array}

Logo depois de dividir 8 por 4, tivemos resto 0.

Não é o resto final ainda, porque a divisão não terminou. Sabemos que não terminou porque ainda temos o 5 para descer.

Por isto estou chamando de "resto parcial".

Pelo mesmo motivo que vimos acima, este resto parcial também deve ser menor que o divisor. Do contrário, erramos a conta.

3) Sempre que a gente descer um número, temos que fazer a divisão, ainda que o resultado dê zero.

Exemplo:

\begin{array} {rc} 9056 & | \underline{\, \, \, \, 9 \, \, \, \, \, } \ \end{array}

Iniciamos dividindo 9 por 9. O quociente é 1 e o resto é 0:

\begin{array} {rc} 9056 & | \underline{\, \, \, \, 9 \, \, \, \, \, } \\ \underline{9 \phantom{056}} & 1 \\ 0 \phantom{056} & \,  \end{array}

Agora "descemos" o 0.

\begin{array} {rc} 9056 & | \underline{\, \, \, \, 9 \, \, \, \, \, } \\ \underline{9 \phantom{056}} & 1 \\ 00 \phantom{56} & \,  \end{array}

Nesse instante, temos 00 dividido por 9.

Como 0 é menor que 9, "não dá para dividir". Nesse instante, alguns alunos ficam tentados em descer o próximo número, no caso, descer o 5.

ISSO ESTÁ ERRADO!

Se acabamos de descer um número, temos necessariamente que fazer a divisão. Sempre!

00 dá sim para dividir por 9. 0 dividido por 9 dá 0. Estamos dizendo que o 9 cabe zero vezes dentro de 0. Ou seja, 9 não cabe dentro de 0.

\begin{array} {rc} 9056 & | \underline{\, \, \, \, 9 \, \, \, \, \, } \\ \underline{9 \phantom{056}} & 10 \\ 00\phantom{56} & \, \\ \underline {00 \phantom{56}} & \, \\ 00 \phantom{56} & \,  \end{array}

Agora sim, fizemos a divisão, conseguimos nosso resto "parcial", e podemos descer o próximo número:

\begin{array} {rc} 9056 & | \underline{\, \, \, \, 9 \, \, \, \, \, } \\ \underline{9 \phantom{056}} & 10 \\ 00 \phantom{56} & \, \\ \underline {00 \phantom{56}} & \, \\ 005 \phantom{6} & \,  \end{array}

Acabamos de descer o 5. Então temos necessariamente que dividir.

9 não cabe dentro de 5. Logo, 5 dividido por 9 dá 0.

\begin{array} {rc} 9056 & | \underline{\, \, \, \, 9 \, \, \, \, \, } \\ \underline{9 \phantom{056}} & 100 \\ 00 \phantom{56} & \, \\ \underline {00 \phantom{56}} & \, \\ 005 \phantom{6} & \, \\ \underline{000 \phantom{6}} & \, \\ 005 \phantom{6} & \,  \end{array}

Agora sim, fizemos a divisão, conseguimos nosso resto parcial, podemos descer o próximo:

\begin{array} {rc} 9056 & | \underline{\, \, \, \, 9 \, \, \, \, \, } \\ \underline{9 \phantom{056}} & 100 \\ 00 \phantom{56} & \, \\ \underline {00 \phantom{56}} & \, \\ 005 \phantom{6} & \, \\ \underline{000 \phantom{6}} & \, \\ 005 6 & \,  \end{array}

56 por 9 dá 6:

\begin{array} {rc} 9056 & | \underline{\, \, \, \, 9 \, \, \, \, \, } \\ \underline{9 \phantom{056}} & 1006 \\ 00 \phantom{56} & \, \\ \underline {00 \phantom{56}} & \, \\ 005 \phantom{6} & \, \\ \underline{000 \phantom{6}} & \, \\ 005 6 & \, \\ \underline {0054} & \, \\ 0002 & \,  \end{array}

Não há mais dígitos para "descer". A divisão acabou.

Quociente: 1006

Resto: 2

(Fundação Carlos Chagas)

Os números naturais são colocados em um quadro, organizados como se mostra abaixo:

O número 2008 está na coluna:

a) F.

b) B.

c) C.

d) I.

e) A.

Resolução:

Em cada coluna, os números estão separados de 9 em 9. Isso faz com que os restos da divisão por 9 sejam sempre os mesmos em cada coluna.

Observe que, na coluna "A", os restos da divisão por 9 são sempre iguais a 1.

Exemplo: 10 dividido por 9: quociente = 1; resto = 1.

Na coluna "B", os restos da divisão por 9 são iguais a zero.

Na coluna "C", os restos são iguais a 2.

Na coluna "D", os restos são iguais a 8. Na coluna "E" os restos são iguais a 3.

Na coluna "F" os restos são iguais a 7.

Na coluna "G" os restos são iguais a 4.

Na coluna "H" os restos são iguais a 6.

Na coluna "I" os restos são iguais a 5.

Dito isso, vamos analisar o número 2008.

2008 dividido por 9 dá resto 1. Logo, 2008 está na coluna "A"

Resposta: E

As questões de prova sobre divisão adoram explorar o "resto". A melhor coisa a fazermos é irmos direto para os exercícios, vendo como isso costuma ser cobrado.

(Fundação Carlos Chagas)

No período de 2010 a 2050, os anos bissextos (isto é, aqueles com 366 dias) são todos aqueles divisíveis por 4. Sabendo que 2010 terá 53 sextas-feiras, o primeiro ano desse período em que o dia 1º de janeiro cairá numa segunda-feira será

a)  2013

b)  2014

c)  2016

d)  2018

e)  2019

Resolução

Vejam como toda a resolução da questão envolve o resto da divisão.

Uma semana tem 7 dias. Um ano regular tem 365 dias.

Pergunta: quantas semanas há em um ano?

Ou ainda: quantos conjuntinhos de 7 dias podemos formar no universo de 365?

Basta dividir:

365 / 7 = 52 (e resta 1)

Ou seja, 1 ano tem 52 semanas mais um dia.

Este "resto", ou seja, este dia a mais, é extremamente importante. Vamos tentar entendê-lo.

Considere que, em um dado ano, o dia 1/1 caia em um domingo.

Passam os primeiros 7 dias do ano. Se o primeiro dia do ano foi um domingo, o sétimo dia será um sábado. Neste sábado está terminando a primeira semana do ano, completando 7 dias.

Tudo certo até aqui?

Então vamos continuar.

Passam mais 7 dias. Estamos no segundo sábado do ano, que encerra a segunda semana do ano. Já completamos 14 dias do ano.

E assim por diante.

Se o ano tivesse exatamente 52 semanas, então teríamos o seguinte.

Ao final da 52ª semana, teríamos o 52º sábado do ano, que corresponderia ao dia 364.

Confere?

Muito bem. O problema é que, na verdade, o ano tem 365 dias.

Com isso, além do sábado que encerra a 52ª semana, temos mais um dia. Temos um domingo. Portanto, dia 31/12 será domingo.

O efeito disso é que o ano seguinte começará em uma segunda-feira.

Resumo:

- no primeiro ano, dia 1/1 foi domingo.

- no segundo ano, dia 1/1 foi segunda.

Observem que, para a mesma data (1/1), houve variação do dia da semana (era domingo, virou segunda). Ou seja, avançamos 1 dia na semana.

E por que é que avançamos 1 dia na semana?

Por conta do resto 1. Graças ao resto 1 isso ocorreu.

Você já deve ter notado isso. Se em um dado ano seu aniversário cai em uma quarta-feira, no ano seguinte ele cairá na quinta.

No caso de anos bissextos é bem parecido. A única diferença é que, como o ano tem 366 dias, então o resto da divisão por 7 será igual a 2. Logo, avançaremos dois dias na semana.

Exemplo:

- dia 15/3/2007 foi quinta-feira.

- dia 15/3/2008 foi sábado

Avançamos dois dias na semana (quinta ---> sexta ---> sábado), pois 2008 é bissexto. Ou seja, entre as duas datas indicadas não temos 365 dias. Temos, na verdade, 366 dias, por conta do dia 29/2/2008.

Visto o comportamento das datas ao longo dos anos, podemos atacar a questão.

2010 tem 53 sextas-feiras.

Já vimos que, em um dado ano, temos 52 semanas inteiras. Portanto, são 52 domingos, 52 sábados e assim por diante.

Além disso, temos o dia 31/12, que completa os 365 dias.

Só podemos concluir que 31/12/2010 é uma sexta-feira, fazendo com que tenhamos as 53 sextas-feiras informadas no enunciado.

Disto resulta que 1/1/2011 é sábado.

Sabendo disso, podemos ir determinando os dias da semana para os próximos dias 1/1. Só temos que ter cuidado para separar os anos bissextos dos anos regulares.

O exercício disse que são bissextos os divisíveis por 4 (2012, 2016, 2020, etc).

Vejamos:

- 1/1/2012 é domingo (basta avançar 1 dia na semana)

- 1/1/2013 é terça (avançamos 2 dias na semana; lembrem-se de que 2012 é bissexto, ou seja, entre 1/1/12 e 1/1/13 temos o dia 29/2/12)

- 1/1/2014 é quarta (avançamos 1 dia na semana)

- 1/1/2015 é quinta (avançamos 1 dia na semana)

- 1/1/2016 é sexta (avançamos 1 dia na semana)

- 1/1/2017 é domingo (avançamos 2 dias, pois 2016 é bissexto)

- 1/1/2018 é segunda (avançamos 1 dia).

Pronto. Descobrimos o ano em que 1/1 é uma segunda feira. Trata-se de 2018.

Resposta: D

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Bruna Giroldo
Formação em marketing com especialização em aprendizagem e inovação. Exerceu atividades de natureza técnico-administrativa como servidora pública no Governo do Estado de São Paulo e na Prefeitura de São Paulo entre os anos de 2008 e 2011. Dedica-se a projetos de desenvolvimento pessoal e profissional, bem como ao estudo da mente e do comportamento humano.

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