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Estude com questões de hardware, software e peopleware

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Quer acelerar seus resultados, estudando com questões de hardware, software e peopleware de uma forma diferente, mas com eficácia comprovada? Nas próximas linhas você terá acesso a um conteúdo exclusivo do Tec Concursos. Bons estudos!

Questões de hardware, software e peopleware: teoria

Hardware, software e peopleware é um conteúdo de Informática cobrado em grande parte dos concursos públicos no Brasil. Pensando nisso, professor Ramon Ahnert preparou um material explicativo para intensificar seus estudos. Não esqueça de praticar o que aprendeu com questões inéditas sobre o tema, combinado?

Hardware, software e peopleware

Um sistema computacional é formado por três partes: hardware, software e peopleware.

O hardware é a parte física do computador (tudo que podemos tocar). São exemplos de hardware: monitor, teclado, mouse, disco rígido e placa-mãe. O termo peopleware se refere as pessoas que utilizam um sistema computacional.

Para que o hardware possa fazer algo útil, torna-se necessária a existência do de um componente de natureza lógica: o software (programa), que é intangível. O software dá vida à maquina e ela pode armazenar, processar e recuperar dados, imprimir um texto, acessar a Internet, reproduzir uma música, entre outras coisas.

Um software contém uma sequência de instruções eletrônicas armazenadas, quando o software está sendo usado (usa-se o termo rodando ou executando), ele envia comandos para acionar os componentes físicos da máquina (hardware). Para que isso aconteça o programa é, primeiramente, carregado na memória principal, as instruções do programa são enviadas para o processador e, em seguida, executadas pelo hardware.

Existem softwares que cuidam desde o gerenciamento do hardware até a realização de tarefas como, por exemplo, edição de texto. Dessa forma, os softwares costuma ser divididos em três grandes categorias: software básico (ou de sistema), software aplicativo e software utilitário.

software básico é responsável pelo gerenciamento e gestão do hardware. Além disso, faz a interface entre o hardware e o usuário do sistema. Nessa categoria, podemos citar como exemplo:

  • sistema operacional: o software mais importante dessa categoria, pois trabalha para coordenar todas as atividades do computador e os recursos de hardware.
  • drivers de dispositivos: alguns dispositivos de entrada e saída (placa de vídeo, teclado, impressora) podem trabalhar de uma forma tão particular que o sistema operacional precisa de um "tradutor" para entendê-lo e fazê-lo funcionar corretamente. Esse “tradutor” é o driver. O driver, portanto, fica localizado entre o hardware e o sistema operacional.
  • firmware: software que é armazenado diretamente no hardware de um equipamento. Muitos aparelhos possuem firmware como, por exemplo, calculadora, disco rígido, teclado.

software aplicativo permite executar tarefas específicas do usuário. Como, por exemplo, editar texto, editar imagens, criar uma apresentação, navegar na Internet, etc. O software utilitário complementa o software básico ou o software aplicativo com funções específicas de apoio [2]. Como por exemplo: software de backup, antivírus e firewall.

Podemos classificar os softwares quanto a sua distribuição:

  • Freeware: software proprietário disponibilizado para uso gratuito. Entretanto, mesmo sendo gratuito, o usuário não pode fazer modificações.
  • Shareware: software disponibilizado de forma gratuita, mas por um tempo limitado e, em alguns casos, com a restrição de uso de algumas funções. Isso significa que o usuário precisa pagar por uma licença para continuar usando o software depois de expirado o tempo.
  • Adware: software proprietário livre para download, mas que carrega propagandas para o usuário.
  • Trial ou Demo: software disponibilizado para teste com apenas algumas funções. Nesse tipo de distribuição, o usuário faz uma espécie de “test-drive” para saber se o software atende as suas necessidades.

A maioria dos softwares é publicado sob uma licença que define os direitos e obrigações do usuário e do desenvolvedor do produto. As licenças podem ser classificadas como proprietária ou livre.

A licença proprietária define que para usar o software o usuário precisa de uma licença de uso (que geralmente é paga). Além disso, não é permitido redistribuir ou modificar o software.

Já a licença livre, permite que o usuário tenha acesso ao código fonte do programa e que ele possa utilizar, copiar, estudar, alterar e redistribuir sem restrições. Na licença livre, temos duas linhas de pensamento e precisamos de atenção com alguns termos.

Provavelmente você já ouviu falar em software livre ou software de código aberto. Apesar da similaridade dos termos, cada um carrega uma definição distinta.

O termo “software livre” foi criado pela Free Software Foundation (FSF – ou, em português, Fundação Software Livre) e é utilizado para qualquer programa de computador que pode ser usado, copiado, estudado e redistribuído com algumas restrições. A palavra chave aqui é “liberdade”. Dessa forma, o software é considerado livre quando atende quatro tipos de liberdade (definida pela FSF) para os utilizadores do software:

  • Liberdade nº 0: liberdade para executar o programa para qualquer propósito.
  • Liberdade nº 1: liberdade de estudar como o programa funciona e adaptá-lo às suas necessidades. O acesso ao código fonte é um pré-requisito para esta liberdade.
  • Liberdade nº 2:  liberdade de redistribuir, inclusive vender cópias, de modo a ajudar o próximo.
  • Liberdade nº 3: liberdade de modificar o programa e liberar estas modificações, de modo que toda a comunidade beneficie delas. O acesso ao código fonte é um pré-requisito para esta liberdade.

Essas liberdades precisam ser irrevogáveis.

A liberdade nº 2 pode causar uma certa estranheza, pois ela afirma que um software livre pode ser vendido. Mas, como foi dito anteriormente, a ideia central do software livre é a liberdade. Por isso, pouco importa se você comprou ou adquiriu gratuitamente um software livre, o que importante é ter a liberdade de usar, copiar, estudar e redistribuir.

Quando baixamos um software livre, uma licença de software livre é anexada ao programa. Veja algumas licenças de software livre:

  • Licença Pública Geral GNU (GNU GPL)
  • Licença Pública Menos Geral do GNU (GNU LGPL)
  • Licença do Guile
  • Licença do MIT

Veja o que  Richard Stallman (fundador da Free Software Foundation) diz sobre as liberdades do software livre:

Essas liberdades são vitalmente importantes. Elas são essenciais não apenas para os propósitos individuais dos usuários, mas para a sociedade como um todo, pois elas promovem solidariedade social — isto é, compartilhamento e cooperação. Elas se tornam ainda mais importantes à medida que nossa cultura e atividades cotidianas se tornam mais digitalizadas. Num mundo de sons, imagens e palavras digitais, o software livre se torna essencial para a liberdade em geral.

Com o passar do tempo, alguns usuários e desenvolvedores de software livre passaram a discordar dos objetivos do software livre. Isso fez com que se originasse a Open Source Initiative (OSI ou, em português, Iniciativa Código Aberto) e, consequentemente, um novo termo surgiu: código aberto.

Segundo a Iniciativa Código Aberto, um software de código aberto deve garantir:

  1. Distribuição livre: a licença não deve restringir de nenhuma maneira a venda ou distribuição do programa gratuitamente, como componente de outro programa ou não.
  2. Código fonte: o programa deve incluir seu código fonte e deve permitir a sua distribuição. Se o programa não for distribuído com seu código fonte, deve haver algum meio de se obter o mesmo.
  3. Trabalhos derivados: a licença deve permitir modificações e trabalhos derivados, e deve permitir que eles sejam distribuídos sobre os mesmos termos da licença original.
  4. Integridade do autor do código fonte:  a licença pode restringir o código fonte de ser distribuído em uma forma modificada apenas se a licença permitir a distribuição de arquivos patch (de atualização) com o código fonte para o propósito de modificar o programa no momento de sua construção. A licença deve explicitamente permitir a distribuição do programa construído a partir do código fonte modificado. Contudo, a licença pode ainda requerer que programas derivados tenham um nome ou número diferentes do programa original.
  5. Não discriminação contra pessoas ou grupos: a licença não pode ser discriminatória contra qualquer pessoa ou grupo de pessoas.
  6. Não discriminação contra áreas de atuação: a licença não deve restringir qualquer pessoa de usar o programa em um ramo específico de atuação. Por exemplo, ela não deve proibir que o programa seja usado em um empresa, ou de ser usado para pesquisa genética.
  7. Distribuição da Licença: os direitos associados ao programa devem ser aplicáveis para todos aqueles cujo o programa é redistribuído, sem a necessidade da execução de uma licença adicional para estas partes.
  8. Licença não específica à um produto: os direitos associados ao programa não devem depender que o programa seja parte de uma distribuição específica de programas. Se o programa é extraído desta distribuição e usado ou distribuído dentro dos termos da licença do programa, todas as partes para quem o programa é redistribuído devem ter os mesmos direitos que aqueles que são garantidos em conjunção com a distribuição de programas original.
  9. Licença não restrinja outros programas: a licença não pode colocar restrições em outros programas que são distribuídos juntos com o programa licenciado. Isto é, a licença não pode especificar que todos os programas distribuídos na mesma mídia de armazenamento sejam programas de código aberto.
  10. Licença neutra em relação a tecnologia: nenhuma cláusula da licença pode estabelecer uma tecnologia individual, estilo ou interface a ser aplicada no programa.

O software de código aberto tenta ser mais flexível que o software livre. No caso das licenças de código aberto, por exemplo, grandes empresas de software proprietário criaram uma licença para código aberto e passaram a desenvolver software de código aberto. Veja abaixo algumas licenças:

  • Academic Free License
  • GNU General Public License 2.0
  • MIT License
  • Apache License 2.0
  • Apple Public Source License
  • IBM Public License 1.0
  • Microsoft Public License

Algumas licenças se "encaixam" na definição de software livre e de código aberto.

Os dois termos, software livre e código aberto, descrevem quase a mesma categoria de software. Dessa forma, quase todo software de código aberto é um software livre. Entretanto, existe uma diferença de ideias e princípios entre os dois movimentos.

Enquanto o software livre é um movimento social que valoriza a liberdade do usuário, o software de código aberto tem uma visão mais prática e técnica (desenvolvimento do software).

Apesar dessa diferença, os dois movimentos não são "inimigos". O movimento software livre, por exemplo, considera que o inimigo é o software proprietário (não-livre). Assim, cada movimento tem sua importância. Veja as vantagens do software livre e do software de Código Aberto:

  • Liberdade para estudar e adaptar um programa: o código pode ser modificado e adaptado as necessidades do usuário/empresa.
  • Baixo custo: geralmente não se paga por licença de software; o suporte pode ser oferecido por várias empresas e não apenas pela empresa que desenvolveu o software, isso aumenta a concorrência e, consequentemente, o preço do suporte diminui.
  • Segurança: é possível saber exatamente o que o programa faz (diferentemente de um software proprietário); correção de bugs tende a ser rápida, já que pessoas do mundo todo estudam e contribuem para melhorar o programa; menos visado por vírus e programas maliciosos.

Agora, as desvantagens:

  • Mudança de cultura: a mudança para esse tipo de software pode gerar resistência, principalmente, em uma empresa.

[1] Organização estruturada de computadores - 6 ed - Andrew S. Tanenbaum, Todd Austin.

[2] Tecnologia e Gestão da Informação na Segurança Pública - Vasco furtado

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Bruna Giroldo
Formação em marketing com especialização em aprendizagem e inovação. Exerceu atividades de natureza técnico-administrativa como servidora pública no Governo do Estado de São Paulo e na Prefeitura de São Paulo entre os anos de 2008 e 2011. Dedica-se a projetos de desenvolvimento pessoal e profissional, bem como ao estudo da mente e do comportamento humano.

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