Escolher uma carreira no serviço público vai muito além de buscar estabilidade ou bons salários — trata-se de alinhar expectativas, vocação e projeto de vida. Em meio a dezenas de áreas, cargos e níveis de exigência, muitos candidatos se sentem perdidos logo no início da jornada: qual caminho seguir? Como saber se determinada carreira combina com meu perfil e minhas habilidades? E mais: é possível se preparar para um cargo específico sem deixar de lado outras oportunidades?
Neste artigo, vamos ajudar você a tomar decisões mais conscientes desde os primeiros passos, mostrando como escolher a carreira ideal em concursos públicos, como se preparar com estratégia e foco, e em que situações é viável conciliar diferentes caminhos até a aprovação.
A escolha da carreira é o primeiro e mais importante passo da sua trajetória como concurseiro. Veja alguns pontos que podem te ajudar nesse processo:
Antes de tudo, é importante saber que existem diversas áreas dentro dos concursos públicos, como:
Administrativa
Cada uma dessas áreas exige conhecimentos específicos e perfis distintos. Avalie com qual delas você mais se identifica.
Embora existam excelentes oportunidades para quem possui apenas o nível médio, é fato que os cargos com maior remuneração, progressão na carreira e complexidade das atribuições costumam exigir formação de nível superior. Isso não significa que uma carreira de nível médio não seja estratégica — muitas oferecem estabilidade e boas condições de trabalho —, mas a exigência de graduação tende a ser um filtro natural nos concursos mais disputados e especializados.
Além disso, optar por uma carreira alinhada à sua formação acadêmica pode ser um diferencial importante na preparação. Ter familiaridade prévia com parte do conteúdo — seja por já ter estudado na graduação, estagiado ou atuado na área — pode acelerar o processo de aprendizagem, aumentar sua confiança e reduzir o tempo até a aprovação. Essa escolha também tende a tornar os estudos mais prazerosos e menos exaustivos, pois você estará revisitando temas que já fazem parte do seu repertório profissional.
Não escolha apenas pelo salário! Leia os editais anteriores e entenda o que o cargo faz no dia a dia. Veja também:
Jornada de trabalho
Alguns cargos são notoriamente mais concorridos e exigem uma preparação de longo prazo — é o caso de carreiras como Auditor da Receita Federal, Policial Federal ou Juiz Federal. Esses concursos costumam cobrar um volume extenso de conteúdo, exigem alto nível de aprofundamento e atraem candidatos com anos de dedicação exclusiva.
Por outro lado, há carreiras com editais mais frequentes e exigências mais acessíveis, como os cargos de técnico administrativo em universidades e institutos federais. Nesses casos, a preparação pode ser mais rápida e direta, especialmente para quem está começando ou precisa de uma aprovação mais imediata.
É fundamental entender que essa escolha não precisa ser definitiva. Muitos candidatos optam por um concurso de "entrada" — uma vaga que ofereça estabilidade e permita iniciar a vida no serviço público — e, depois, continuam estudando em paralelo para cargos mais altos ou mais alinhados ao seu projeto de carreira. Esse caminho é não apenas possível, mas estratégico: além de garantir uma renda e experiência no setor público, você poderá organizar sua rotina de estudos com mais estrutura e menos pressão financeira.
Depois de escolher a carreira, é hora de montar sua estratégia de preparação. Veja o passo a passo:
Mesmo que o edital novo ainda não tenha saído, os concursos costumam repetir grande parte dos conteúdos. Pesquise os últimos concursos da carreira que você escolheu e monte um plano de estudos com base nisso.
Monte uma rotina realista, considerando:
Utilize materiais atualizados e confiáveis
Dê preferência a cursos específicos para concursos, como o TEC Concursos, que oferece um sistema de questões comentadas, videoaulas e resumos voltados para o edital da sua carreira.
A resolução de questões anteriores é uma das etapas mais eficazes — e indispensáveis — na preparação para concursos públicos. Muito além de um simples exercício de memorização, esse hábito permite consolidar o conteúdo estudado, aplicar o conhecimento em contextos práticos e desenvolver a chamada inteligência de prova.
Ao resolver questões, o candidato passa a compreender com mais clareza como os temas são cobrados, quais detalhes são frequentemente explorados pelas bancas e quais armadilhas costumam ser usadas para induzir ao erro. Isso contribui diretamente para o ganho de agilidade, precisão e segurança na hora da prova.
Além disso, o contato constante com questões permite identificar pontos fracos da sua preparação — ou seja, assuntos em que os erros se repetem —, o que orienta revisões mais estratégicas e focadas. É também uma forma eficiente de se familiarizar com o estilo específico da banca organizadora, que pode variar bastante em termos de linguagem, profundidade e abordagem dos temas.
Portanto, incorporar a prática de questões ao seu cronograma de estudos é tão importante quanto assistir aulas ou ler teoria. Idealmente, ela deve ser feita de forma ativa e reflexiva, com correções comentadas e revisões periódicas, transformando cada erro em uma oportunidade de aprendizado.
Inclua simulados mensais e revisões semanais para consolidar seu aprendizado e melhorar o desempenho ao longo do tempo.
Essa é uma dúvida comum entre iniciantes. E a resposta é: depende.
Quando é possível conciliar:
Quando não é indicado conciliar:
Se quiser ampliar suas chances, opte por carreiras que compartilham a maior parte das disciplinas. Isso permite uma preparação mais eficiente e direcionada.