Texto I A nossa experiência pessoal de
avaliação constituiu-se em tribunal de julgamento de nossos méritos e
desempenhos, cujas sentenças se traduziam em prêmios ou castigos. Nossa
trajetória escolar nos atribui uma posição, uma classificação
intelectual, carimbada pelos registros desses julgamentos, onde as
circunstâncias, as diferenças, as preferências e valores pessoais não
contam, mas apenas os do avaliador.
Genuíno Bordignon. Avaliação na gestão de organizações educacionais. Ensaio: avaliação das políticas públicas educacionais. Rio de Janeiro. v. 3, n. 9, p. 401-10, out./dez./1995 (com adaptações).
Texto II
Pais, sistema de ensino, profissionais de educação, professores
e alunos - todos têm suas atenções centradas na promoção, ou não, do
estudante de uma série de escolaridade para outra. O que predomina é a
nota: não importa
como elas foram obtidas nem
por que caminhos.
Cipriano Carlos Luckesi. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1996, p. 18 (com adaptações).
Texto III
É formativa toda avaliação que ajuda o aluno a aprender e a se
desenvolver, ou melhor, que participa da regulação das aprendizagens e
do desenvolvimento no sentido de um projeto educativo. A avaliação
formativa define-se por seus efeitos de regulação dos processos de
aprendizagem. Dos
efeitos buscar-se-á a intervenção que produz e, antes ainda, as
observações e as
representações que orientam essa intervenção.
Philippe Perrenoud. Avaliação entre duas lógicas: da excelência à regulação das aprendizagens. Patrícia Chittoni Ramos (Trad.). São Paulo: Artmed, 1999, p. 104-5 (com adaptações).
Com o auxílio dos textos acima, julgue o item seguinte acerca da avaliação no processo ensino-aprendizagem.
Os efeitos a que se refere o texto III são distintos dos apontados pelos textos I e II.